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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A necessidade de Adaptação



 

As empresas convivem num cenário de intensa concorrência, por sua vez mais intensa o que implica para as cadeias de suprimentos estarem em constante mudança e adaptação (Christopher, 2013, p. 316) o que nos faz concordar que “A cadeia de suprimentos moderna percorreu um longo caminho” (Simon, 2013) explicação apresentada pelo autor ao escrever sobre “O futuro da cadeia de Suprimentos” no Portal Administradores e explica que “O setor de transportes tem estado na vanguarda da sustentabilidade, empreendendo esforços constantes e contínuos para reduzir sua pegada de carbono” e por sua vez Martin Christhoper (2013), na obra “Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos” continua a explicação ao comparar a “acirrada concorrência” além da situação analisada por ele sobre o que a “acelerada revolução tecnológica fez com que as empresas passassem a objetivar melhorias em seus diversos sistemas, principalmente de produção e de logística e distribuição, visando alcançar maior eficiência e melhores serviços e, consequentemente, um posicionamento no mercado mais favorável”.

 

Nesse contexto, visualizamos a figura ilustrativa que expõe “a passagem de um ambiente de negócios em que o fornecedor tinha o poder” para uma situação onde o cliente está “agora no lugar do condutor” e isso implica em acompanhar a transformação direta onde de um mercado de vendedores passamos rapidamente para um mercado de compradores o que ocasionou rápidas e profundas transformações nos conceitos de marketing de um mercado de massa para um mercado atendido pela ideia da “customização” o que o autor chama de “mercado de um”. Isso, de modo resumido ajuda compreender que “O tradicional modelo de empresa de cadeia de suprimentos foi fundamentado na maximização da eficiência” o que explica que as “fábricas foram projetadas para produzir em grande quantidade e aumentar a utilização da capacidade” o que tem plena aplicação aos mercados de massa e de produtos padronizados.

Agora, no entanto o contexto mudou para o “marketing one-to-one” e isso revela a necessidade de um novo design para a cadeia de suprimentos “ágeis e capazes de lidar com mudanças rápidas e níveis elevados de variedade e mesmo de personalização”, o que significa conviver com a necessidade de adaptação.

Referências:

CHRISTHOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. São Paulo: Cengage, 2013.

SIMON, Craig. O futuro da Cadeia de Suprimentos. Portal Administradores. Disponível em: http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/o-futuro-da-cadeia-de-suprimentos/80316/.

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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Você sabe o que e Manufatura Aditiva?

 

A revista The Economist ressaltou em publicação de abril de 2012 a importância dessa nova tecnologia e o assunto desde então foi abordado por outras várias revistas em várias publicações.


A justificativa do interesse sobre esse assunto é justificado pela rápida evolução da tecnologia, particularmente “as impressoras 3D, capazes de “imprimir” – outra forma de dizer fabricar – um objeto a partir do seu modelo digital projetado com auxílio de softwares específicos. No futuro, seria possível “imprimir” os objetos desejados em uma impressora 3D em casa, afirmam alguns dos entusiastas com a tecnologia” 


A matéria original pode ser acessada através do link (http://www.economist.com/printedition/2012-04-21), onde você encontrará textos que argumentam que “Na medida em que a manufatura torna-se cada vez mais digital, vai mudar de vez o jeito de fazer as coisas”.



Embora “A Manufatura Aditiva ainda não está boa o suficiente para fazer um carro ou um SmartPhone, mas já está sendo usada para fazer peças para carros especializados e personalizados, e capas para iPhones”. 

É um aspecto importante para considerar haja vista a novidade da tecnologia e a partir daí em período próximo “a maioria das pessoas provavelmente a conhecerão dado que algo próprio será feito com a ajuda de uma impressora 3D”.


Adaptado de: minerva.ufpel.edu.br/~alejandro.../ademais/.../T3a.rev.ind.econ.2012.pdf
 


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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Uma obra tradicional sobre Empreendedorismo



Esse texto tem o compromisso de resgatar uma obra considerada best seller da administração disseminadora da ideia da criatividade não depender de inspiração mas resultado de estudo árduo, na verdade um ato de vontade. Embora no livro “Drucker demonstra que criatividade e planejamento são um paradoxo aparente, pois a inovação também exige uma disciplina sistemática” (Cengage, 2011). Interessante que como nota de esclarecimento o tradutor da obra, professor Carlos Malferrari faz comentário sobre os termos entrepreneur e entrepreneuship desde a origem do termo em francês e também no inglês, pois assim entrepreneur poderia ser empresário, mas como o próprio Drucker um empresário não é necessariamente um empreendedor e o empreendedor nem sempre é um empresário. Com esse esclarecimento incluído na obra, o livro de Peter Drucker apresenta um objetivo bem definido ao trazer a discussão sobre as práticas de empreendimentos com sucesso no mundo da administração e com isso valoriza ainda mais a ciência da administração desde a sua edição original (1ª. Edição em 1986, com título original: Innovation and entrepreneurship pratice and principles). Ainda conforme pesquisadores da área uma proposta empolgante do livro consiste em trazer a explicação sobre o conceito da administração empreendedora. Interessante notar que Peter Drucker faz a introdução da administração empreendedora como resultado de uma administração sistemática e organizada, que assim pode ser entendida como sendo formada por uma administração resultado da formação de um conjunto de regras, embora seja ressaltada a necessidade da consideração das particularidades de cada negócio, o que certamente releva condições de localidade, perfil de consumo, tipo de produto ou serviço para cada negócio. O texto está estruturado contendo três partes distintas, iniciando na parte I com “A prática da Inovação”, na parte II com “A prática do empreendimento” e na parte III apresenta “As estratégias empreendedoras”, além da conclusão, leituras sugeridas e índice remissivo. Desse modo, é possível perceber que os dois capítulos iniciais concentram-se na temática sobre a introdução da Inovação e posteriormente desenvolve a mesma temática concentrando-se na prática empreendedora e as condições do sucesso no empreendimento e assim ressalta como o empreendedor pode conseguir buscar oportunidades inovadoras. Destacadamente Peter Drucker traz a ideia da capacidade da inovação apresentar-se como um instrumento de uso particular dos empreendedores e desse modo é possível explorar a necessidade capaz de trabalhar a mudança como real oportunidade de conceber e implantar um negócio ou serviço com características de proximidade com o sucesso. Na obra, Peter Drucker enfatiza que a inovação pode ser aprendida, e assim até evoluir até para uma disciplina de estudo. Ao argumentar que “A inovação e o espírito empreendedor são, portanto, necessários na sociedade tanto quanto na economia” é um ponto a ressaltar e posteriormente a obra é finalizada com um capítulo sobre a Sociedade empreendedora. É uma obra tradicional, mas ainda importante para a leitura no sentido de além do conhecimento da obra de Peter Drucker fundamentar a discussão teórica sobre os conceitos relacionados com empreendedorismo, criatividade, inovação e espírito empreendedor.


prof. Carlos Maluly

Fonte:
DRUCKER, Peter Ferdinand. Inovação e espírito empreendedor.(entrepreneurship): princípios e práticas. Tradução de Carlos Malferrari. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

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quarta-feira, 16 de setembro de 2015



     Fonte: MARCOUSÉ, I., 2014. 

 

Com o interesse no trabalho em equipe é importante relembrar que desde os anos 1980 com a ampla disseminação da “qualidade total” quando as empresas adotavam a sistemática e metodologia da gestão da qualidade total o que implicava qualidade em toda a empresa, o que segundo Marcousé denota em relembrar que “o trabalho em equipe começou a se espalhar além do seu berço na manufatura” (MARCOUSÉ, 2014, p. 82) e hoje com muita naturalidade é bem raro não encontrar empresas que valorizam o trabalho em equipe para além do individual e como Meredith Belbin diz “Membros de uma equipe buscam certos papéis e tem uma performance mais eficaz naqueles que lhes são mais naturais”. Belbin é um teórico da administração que escreveu em 1981 “Management Teams – Why They Succeed Or Fail” e descreve nove papéis numa espécie de inventário que relaciona o papel na equipe, talento e fraqueza o que considera essencial para o sucesso da equipe ao juntar talentos individuais e conforme Andrew Carnegie dando a chance para “pessoas comuns alcançar resultados incomuns”. 

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     Fonte: MARCOUSÉ, I. The Business Book. 2014. 


A temática relacionada com a liderança é ainda motivo de interesse de discussão na administração, e segundo o Marcousé “Ainda assim a despeito de milhares, de estudos, a liderança eficiente continua objeto de debate” (MARCOUSÉ, 2014, p. 78), A ideia nesse contexto é ampliar a aproximação com todos os níveis da organização, o que certamente inclui o chão de fábrica, o que impulsiona o exemplo conforme a experiência de Carlos Goshn, executivo experiente no ramo automobilístico de destaque mundial, ao revelar repassar confiança e inspiração aos funcionários com essa atitude.

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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Espaço ADM Notícias


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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Trabalho Acadêmico - Clínica de Produtos

Acadêmicos do 1o. período de Administração participam como convidados para a Clínica de Produtos em atividade realizada pela disciplina Desenvolvimento Integrado de Produtos

O objetivo principal para o qual os acadêmicos do 1º. Período de Administração participaram fica explicado pelo significado do Desenvolvimento Integrado de Produto (DIP) que possui diversas etapas de atividades, a primeira etapa é conhecida por diversos autores como Projeto Informacional (ROZENFELD et al., 2006; KOTLER e KELLER, 2006; BACK, 2008) sendo que nesta etapa uma das atividades que deve ser executada pelo time de desenvolvedores é o levantamento das necessidades dos clientes. 


Assim, por meio da realização da Clínica de Produtos, busca-se saber o que o cliente quer, quais são suas expectativas com relação ao produto analisado. Para isto, busca-se identificar os requisitos dos clientes do produto através de variáveis linguísticas, listas de verificação, observação direta, entre outros (ROZENFELD et al., 2006). Dentre esses métodos para se levantar as necessidades dos clientes, encontra-se também a Clínica de Produtos. É um tipo de pesquisa na qual seleciona-se um grupo de consumidores e realiza-se em ambiente controlado uma dinâmica de grupo em que os clientes/consumidores são estimulados a reagir diante dos produtos e são avaliados por meio do comportamento, comentários e sugestões (ROZENFELD et al., 2006). (colaboração : professora Lígia de Oliveira Franzosi)


imagens gratuitas: freepik.br
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segunda-feira, 15 de junho de 2015

A mudança para o papel dos Líderes




A liderança é um dos papéis dos administradores e a pessoa que desempenha o papel de líder influencia o comportamento de um ou mais liderados quando há liderados, que seguem o líder, ou aceitam sua influência, por algum motivo. Se quiser desenvolver suas competências como líder, você deve entender as motivações das pessoas que pretende liderar quando observamos desde os conceitos mais clássicos sobre o papel da liderança orientada para as pessoas e da liderança orientada para a tarefa.


Fonte: MAXIMIANO, Antônio C. A. Introdução à Administração. Edição Compacta. Ed. Compacta. 2ª. ed. revista e atualizada. São Paulo: Atlas, 2011. P. 205-222.

A leitura do Estudo da McKinsey revela que as organizações caminham para a convivência com a inteligência artificial, implicando numa dependência maior do papel de líderes que mudarão e ganharam mais relevância é o que revela o estudo que “desenha o futuro do líder empresarial em um mundo em que a inteligência artificial ganha poderes crescentes, projetando que seu papel será ainda mais importante” [2] e as conclusões apontam que o papel do líder crescerá em vez de diminuir.


O NOVO PAPEL DOS LÍDERES [2]





Observa-se que Peter Drucker já desenhava o importante papel do CEO quando comparado ao resultado da gerência intermediária, porém as tarefas menores serão desempenhadas por máquinas e vejo que os líderes terão o seu papel redesenhado, ampliando e alterando significativamente o desenho tradicional do exercício da liderança.


imagens gratuitas: freepik.br

Referências:

Revista HSM Management – Edição 108. Disponível em: < http://experience.hsm.com.br/posts/os-lideres-mudam-e-ganham-relevancia>.

 

Os Líderes mudam e ganham Relevância. Disponível em: <

<http://www.escoladoservir.com.br/acervo-digital/artigos/721/os-lideres-mudam-e-ganham-relevancia>.




[1] O estudo de Martin Dewhurst e Paul Willmott diretores do escritório da McKinsey de Londres, Reino Unido.
[2] Adaptado de “Os Líderes mudam e ganham Relevância” publicado na “Escola do Servir”.

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Artigo - COERÊNCIA ENTRE MATURIDADE DE PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO E CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE NAS INDÚSTRIAS BRASILEIRAS


Artigo publicado da professora Lígia de Oliveira Franzosi do Unicuritiba desenvolve comprovação da qualidade quando indústrias buscam a Certificação da Qualidade (ISO) e a utilização do Processo de Desenvolvimento do Produto (PDP) através da correlação entre a maturidade de um PDP industrial e a situação da empresa quanto à Certificação ISO. 

COERÊNCIA ENTRE MATURIDADE DE PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO E CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE NAS INDÚSTRIAS BRASILEIRAS


Visando comprovar sua qualidade no mercado, as indústrias buscam a Certificação da Qualidade. Para implantá-la e mantê-la, buscam conhecer suas exigências. Porém, apesar dessa preparação, algumas empresas não conseguem obtê-la ou a perdem a curto prazo. Há indícios de que elas não possuam maturidade suficiente para obter ou manter essa certificação. Um Processo de Desenvolvimento de Produto (PDP) maduro deve ser definido, gerenciável, passível de medição e controle e integrado. Apesar desses indícios, pouco se encontra sobre a relação da maturidade de um PDP e o processo de certificação. Esse artigo apresenta a correlação entre a maturidade de um PDP industrial e a situação da empresa quanto à Certificação ISO (International Organization for Standardization). Para isso, temas relacionados ao PDP, maturidade de processo e ISO 9001 são revisados. Em seguida, são selecionados três setores industriais, dos quais são identificadas dez empresas a serem pesquisadas: Eletroeletrônicos (duas empresas), Duas Rodas (três empresas) e Alimentos (cinco empresas). O estudo segue as diretrizes de YIN (2005) para estudos de casos múltiplos e apresenta, entre os resultados, o nível de maturidade por empresa e setor, relacionando essa maturidade com a situação das certificações.

Para saber os resultados encontrados e obter maiores informações sobre o assunto apresentado, acesse:  http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0920548914001184

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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Novo critério de classificação socieconômico Brasil 2015

Isaak Soares (*)

Entrou em vigor no começo de 2015, o novo critério de classificação socieconômico de estratos da ABEP (Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa). O Critério Brasil, como é conhecido, é uma ferramenta que permite a divisão da população brasileira em estratos sociais, assim como os modelos montados pelo IBGE e pela FGV. Tal critério se baseia na quantidade de itens de consumo das famílias brasileiras, e também na escolaridade da chefia da família, estabelecendo estratos definidos como A1, A2, B1, B2, C1, C2, D e E. Já o IBGE e a FGV usam os intervalos de renda das famílias, dividindo em 5 “classes sociais”: A, B, C, D e E. O novo critério foi desenvolvido pela ABEP em conjunto com os professores Wagner Kamakura, da Rice University, e José Afonso Mazzon, da USP. Essa estratificação é inovadora em termos mundiais porque considera o impacto de fatores  e da composição familiar na sua concepção. O estudo realizado pelos dois professores foi premiado em 2013 pelos prestigiosos Marketing Science Institute e InternationalJournalofResearch in Marketing. A nova estratificação, dividida em sete estratos socioeconômicos, reconhece que o poder aquisitivo pode mudar mesmo que a renda familiar seja a mesma, dependendo da localização do domicílio e do número de pessoas na família. (http://www5.usp.br/77674/fea-ajuda-a-criar-novo-criterio-brasil-de-classificacao-economica/)

Comparado ao critério anterior, há uma diminuição do número de estratos, passando de 8 para 7, as camadas A1 e A2, formam um só estrato A; e os estratos D e E são analisados em conjunto.


Fonte: Abep (www.abep.org.br)

As mudanças feitas para 2015, passam a considerar dados dos 62 mil domicílios avaliados pela POF (pesquisa de orçamentos familiares do IBGE), incluindo áreas metropolitanas, urbanas e rurais, enquanto o indicador anterior cobria nove regiões metropolitanas (Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Salvador, Recife e Fortaleza). 

A nova atualização altera os itens que compõem o critério. Além da inclusão de acesso a serviços públicos (água encanada e rua pavimentada), na posse de itens deixaram de ter alguns itens, como: televisão em cores, rádio e videocassete. E foram incluídos os bens: microcomputador, lava-louças, micro-ondas, motocicleta e secadora de roupas. Foram mantidos banheiro, empregada doméstica, automóvel, geladeira, freezer, lava roupas e DVD. O peso para a posse de cada item também foi alterado. (http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Paginas/Criterio-Brasil-inicia-2015-com-nova-atualizacao-.aspx)

O critério Brasil, como é conhecido, é uma ferramenta para auxiliar empresas de pesquisa, agências de publicidade, veículos de comunicação e demais empresas em seus processos de segmentar e atuar no mercado de bens de consumo, fornecendo uma forma de classificação do poder de compra das famílias brasileiras. Como professor de Marketing e Pesquisa de Mercado, sempre apresento o referido critério aos alunos para demonstrar sua utilização junto ao marketing. E o que sempre gera muitas dúvidas. Como por exemplo, os alunos calcularem sua pontuação e não acreditarem que estejam participando de determinado estrato, seja para cima ou para baixo. Assim sendo é importante destacar alguns pontos:

Primeiro, Há varias formas de se medir classes sociais, o que irá depender do posicionamento epistemológico do pesquisador, da metodologia utilizada e da própria interpretação do conceito de “classe social”. Assim sendo, pode-se ter compreensões distintas sobre como “dividir” uma sociedade em classes e a quantidade destas. Considera-se também que uma classificação social, sempre será um exercício em cima de uma realidade social, que é mutável e nada exata, o que já torna difícil a tarefa de conceituar, imagine de medir “classes sociais”. Esta amplitude do pensar irá permitir visões e divisões diversas sobre uma estratificação social, mas que não significa a desqualificação de algum dos métodos de análise. Por exemplo, enquanto o IBGE e a FGV consideram 5 classes, o critério da ABEP/2015 possui 7, sendo que até o ano passado eram 8 estratos. Algum deste está errado? Lógico que não. São percepções sobre o mesmo objeto de análise, que as diferenças permitiram uma melhor compreensão da sociedade brasileira, do que disputas entre as técnicas. E depois se comparamos os 3 instrumentos, observa-se que há muito mais semelhanças do que distorções. 

Segundo, o critério Brasil não avalia valores, crenças e comportamentos de pessoas em determinada classe social, mas sim o poder de compra. Classes sociais permitem ver as diferenças de valores e crenças que são compartilhados por indivíduos de uma mesma classe. Pode-se dizer que pessoas que são de camadas superiores de uma sociedade tem um conjunto de identificações que as distinguem de pessoas de camadas mais populares da sociedade. Todavia, são necessários pesquisas e instrumentos de análises para observar mais a miúde tais diferenças. O Critério Brasil não tem como objetivo medir valores e nem crenças em distintas classes. Seu objetivo é medir a hierarquia do poder de compra na sociedade brasileira; para isto considera os bens de consumo e a escolaridade da chefia familiar. Afinal na cultura brasileira, a escolaridade é uma variável de suma importância para o aumento de capital cultura, renda e posições sociais; e o que irá refletir no poder de compra. Isto significa que mais educação, possibilita melhores empregos, o que dão melhores salários, que permite mais poder de compra.

Dizer que se mede poder de compra (e não valores) significa dizer que pessoas em camadas próximas da pirâmide socioeconômica podem ter poder de compra parecido, mas não necessariamente os mesmos valores. Por exemplo: uma diarista pode estar na camada C1 e sua patroa pode estar na camada B2, elas podem ter poder de compra (ou crédito) parecidos para adquirir uma TV de Led, todavia uma pode ter valores de uma camada popular e a outra, valores de uma classe média. E tais valores poderão ser pormenorizadamente percebidos no comportamento de compra de cada uma das consumidoras, do que apenas na posse do bem. Ou seja, é mais fácil medir o poder de compra, que é uma variável mais objetiva, do que as crenças que tem uma natureza mais subjetiva.

Assim, considero mais adequado chamar o critério Brasil como um instrumento para medir estratos socioeconômicos, ao invés de classes sociais. A ideia de classe social, passa não apenas pelo poder de compra, mas também pela quantidade de poderes (social, econômico, político e cultural) que alguém possui na sociedade. O que não é o objetivo do critério Brasil.

Terceiro, o critério não é para dizer que uma pessoa é de Classe A ou C, por exemplo; mas para informar que um indivíduo pesquisado, habita um domicilio que tem um “poder de compra” relativo a um dos estratos socioeconômicos (A, B1, B2, C, D e E). É equivocado fazer uma avaliação individual com um instrumento que possuem a função de uma análise grupal. Assim também, como é errado olhar para alguém e “apontá-lo” com sendo de determinada classe, visto que dito nos parágrafos anteriores, o conceito de classe social é mais amplo e ancorado por valores. O mais correto é dizer que “pela pontuação do critério Brasil, esta pessoa habita um domicilio classificado socioeconomicamente como sendo A, B1, B2, C1, C2, D ou E.  

Quarto, Em um país de 190 milhões de habitantes e tantas distinções sociais, torna-se importante ter um critério de avaliação social, que possa mensurar “todas” as pessoas da população. Obviamente, que sempre haverá exceções e casos particulares. Um exemplo: um executivo e um motoboy, onde os 2 não possuem carro, e o primeiro é dono de uma Harley-Davidson e o segundo, tem uma moto de 150 cilindradas, e os dois acabam tendo a mesma pontuação no quesito moto e nenhuma pontuação no quesito “automóvel”. Sim... isto acontecerá, mas deve-se lembrar que há outros indicadores que mostraram onde os mesmos não estão no mesmo estrato. E mesmo que por alguma eventualidade, o executivo tenha uma pontuação menor do que a sua real vida cotidiana, e ficando num estrato abaixo, por não ter carro e possuir uma Harley; mesmo assim será um caso isolado, uma situação ímpar, o que não inviabiliza o uso do critério Brasil à toda população. Ou seja, torna-se mais robusto usar a ferramenta em análise de grupo, do que para verificação de casos pessoais.  

Quinto, sendo uma ferramenta de segmentação para o mercado de bens de consumo, o critério não é o ponto final do processo de segmentação, mas sim o início dele. Muitos alunos de Administração e Publicidade, até mesmo profissionais desta área, quando realizam processos de segmentação para mercados B2C, necessitam de características demográficas para estabelecer um perfil de segmento. E um parâmetro de renda ou classe social necessita ser encontrado. Todavia o critério Brasil 2015, apresenta 7 camadas socioeconômicas; o que não indica dizer que só há, no máximo, 7 segmentos por renda no país. Pois nesta definição de segmento de mercado, o critério Brasil é usado com um dos elementos para o estabelecimento da estratificação social, visto que outras variáveis podem ser usadas para “lapidar” o segmento estudado, como no caso das variáveis psicográficas (estilo de vida e outras). Além do mais, conhecendo o mercado com base no critério da ABEP, o profissional de marketing pode ainda filtrá-lo mais um pouco, como por exemplo: pessoas de estrato A, com renda familiar mensal acima de R$ 20.000,00. Ou seja, é um risco fechar a análise de um segmento de mercado só com o Critério Brasil, deve-se usá-lo cruzando com outras variáveis de segmentação. 

Assim, quero aqui reforçar a importância do País possuir um critério que permita ver suas diferenças socioeconômicas, e que também se possa perceber as limitações da ferramenta, sem que com isto venha-se a desqualificar as vantagens operacionais no seu uso cotidiano na área mercadológica.  Minha experiência, como professor de marketing, mostra que quanto mais se aprende sobre as diversas formas de considerar “classes sociais”, mais se amplia o volume da discussão. E o critério Brasil é uma técnica que, se não permite medirmos os valores sociais, possibilita em muito vermos seus reflexos por meio da posse de bens de consumo, educação e agora, serviços públicos.

(*) Professor de Marketing do UNICURITIBA   
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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Você sabe o que é Coworking?

A Você SA [i] trouxe o assunto e explica que COWORKERS “são profissionais das mais variadas áreas que trabalham em escritórios compartilhados” 


De fato é uma realidade praticada principalmente em grandes centros e a reportagem complementa que “Esses ambientes já são realidade nas capitais brasileiras e não são apenas um modismo”. Diante dessa realidade tratamos de situações na área de pessoas que cada vez estão envolvidos “Com rotinas de trabalho cada vez mais colaborativas, a tendência é o modelo se tornar mais viável a cada ano”.  


A reportagem da Você S/A acrescenta que “o coworking surgiu nos Estados Unidos, em 2005, quando o engenheiro de software Brad Neuberg criou uma comunidade de trabalho com seus amigos”. A realidade trata de assumir uma realidade no mundo atual que implica situações de alterações no mundo corporativo e particularmente na forma de estrutura física dos negócios, o que significa que “no escritório compartilhado, o profissional tem à sua disposição sala de reunião, área de trabalho, telefone, que pode ser dividido em alguns casos, internet e até cafezinho”.

Dado relevante da Você S/A aborda que “segundo levantamento da comunidade Coworking Brasil, que reúne os criadores do conceito no país, 20 escritórios adotaram o modelo e já existem cerca de 600 coworkers, entre eles, desenvolvedores de software, designers, profissionais de comunicação, publicidade, recursos humanos, consultores, advogados e engenheiros”.
  

Adaptado da Revista Você S/A, reportagem original de: Bruno Athayde
[i] (http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/155/noticias/voce-sabe-o-que-e-coworking)

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O coaching e o exercício da liderança



O ENTENDIMENTO DA ÁREA DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

O termo pode ser explicado a partir das origens do mundo dos esportes e designa o papel de professor, treinador, preparador, técnico. 



 Autores da área associam de modo bem explicativo que a atitude do coaching está relacionada com o papel que se assume quando nos comprometemos a apoiar alguém a atingir determinado resultado como interesse para concretizar objetivo determinado. Desse modo é também idêntico ao que visualizamos e que ocorre nos processos de ação de mentoring, de modo que os processos de coaching são geralmente destinados a profissionais vinculados a determinada organização de interesse. 

Para ampliar a explicação, observamos em artigo com o título Colonização e neocolonização da gestão de recursos humanos no Brasil (1950-2010)[i], Thomaz Wood Jr, cita Carlos Osmar Bertero um pesquisador e autor da área de gestão para elucidar que “O período 1980-2010 foi marcado por três grandes mudanças na GRH. A primeira relacionou-se com a busca de um melhor alinhamento com os objetivos empresariais”. O mesmo autor para explicar as fases citadas, cita que “No período anterior, a área de GRH, mais frequentemente denominada departamento de pessoal, tinha um papel operacional, com participação limitada nos principais processos de tomada de decisão” o que implica uma diferença de aplicação em função da situação e necessidade da demanda do negócio em questão. 


Até num certo sentido em função das exigências de contratação de executivos surge a figura dos “head hunters” que são profissionais com especialização para atuar na seleção e contratação de executivos a partir de uma apurada técnica sofisticada para as exigências atreladas à altos cargos de direção. Áreas de treinamento para qualificação e desenvolvimento profissional em função de forte exigência para atuação profissional e desse modo colocar em prática análise resultante de métodos de avaliação praticados com requinte de inovação. Áreas de gestão de carreira adotaram novos métodos de avaliação, passando a classificar funcionários de acordo com matrizes de desempenho. Podemos lembrar que as áreas de GRH começaram a utilizar as práticas de coaching e mentoring onde as essas expressões, em inglês, foram incorporadas à linguagem cotidiana das empresas. (Carlos Maluly [ii]).



[i} Citação de: WOOD JR, Thomaz; TONELLI, Maria José; COOKE, Bill. Colonização e neocolonização da gestão de recursos humanos no Brasil (1950-2010). Rev. adm. empres.,  São Paulo ,  v. 51, n. 3, p. 232-243, June  2011.
[ii]  Escrito e adaptado por professor Carlos Maluly.

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