quinta-feira, 27 de abril de 2017

Pós-Graduação ou Atualização Profissional?

Ontem, 26/04/2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão favorável à possibilidade de cobrança nos cursos de especialização das universidades públicas. Algo até então entendido como não permitido pela Constituição Federal, de modo especial pela interpretação do artigo Art. 206 que prevê a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.


Prof. Dennys Girardi.
Nessa toada, o STF afina a interpretação da Constituição afirmando que a especialização não deve ser entendida como abrangida no âmbito do ensino, colocando-a diretamente vinculada ao conceito de extensão, portanto no âmbito da atualização profissional, espaço de onde surgiram as especializações.

Talvez essa decisão venha redirecionar a lógica formativa das especializações que aos poucos foi se tornando extremamente acadêmica, preocupada com métodos e técnicas de pesquisa acadêmica, e em muitos casos foi deixando de lado seu teor principal, a formação especializada para o trabalho.

Essa lógica de especialização para o trabalho veio se cristalizando em todo mundo no desenvolvimento de mestrados e doutorados profissionais, que visam sobretudo o desenvolvimento de métodos e técnicas pragmáticas a serem aplicadas no mundo do trabalho.

No Brasil, pela lógica que estrutura a Educação Superior, principalmente por sua tradição forte nas áreas humanas, a formação profissional acaba ficando relegada para um nível quase que inferior. Isso ficou explícito na forma com que são regulados e avaliados os programas de mestrado e doutorado profissionais.

Em outros países como Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha, a formação em pós-graduação profissional possui destaque similar ao acadêmico, porém com objetivos diferentes sem prevalecer um frente ao outro.

Nestes tempos em que há necessidade de formação para aprimorar e qualificar os processos profissionais, nos deparamos com inúmeros programas de especialização voltados para formação acadêmica. A tese apresentada pelo STF nos recoloca a questão da qualificação profissional e acena para o que é pertinente no processo de escolha de uma especialização.

Com base no tempo de atuação na gestão da educação, aceno para 4 elementos que devem conduzir a tomada decisão por uma especialização, a saber: carreira, conteúdo, professor e networking profissional.

Quanto à carreira, as perguntas que devem ser respondidas são: por que razão cursar uma especialização?  e, principalmente, quais as lacunas que devem ser preenchidas na formação para melhor exercer as  atividades profissionais? É importante recordar que o mundo do trabalho é dinâmico e que tudo está em constante mudança, daí que é muito importante conhecer o conteúdo do curso e verificar se ele é aderente às necessidades identificadas.

São inúmeras especializações que tratam de grandes inutilidades para o mundo do trabalho e até para a vida pessoal, com temas genéricos e sem qualquer profundidade. A escolha de uma especialização exige conhecer a matriz curricular do curso e, além disso, saber exatamente em que os conteúdos serão aprofundados e quais benefícios trarão para o exercício profissional. Contudo, ao escolher a especialização, estando de acordo com as intenções de carreira e os conteúdos que compõe o curso, não se deve perder de vista que só poderá conduzir bem o processo de aprendizagem quem conhece o conteúdo e o prática no dia a dia. Desta forma, o docente deve ser alguém que convive com as questões inerentes à prática profissional e pode apresentar formas de intervenção nos processos e necessidades que são apresentadas no dia-a-dia dos alunos. Por isso, antes de iniciar a curso é necessário conhecer o histórico profissional dos docentes que conduzirão as unidades de aprendizagem, pois somente a experiência desenvolvida por ele oferecerá condições de melhoria ao processo profissional de cada aluno.

Após analisar estes três elementos, um quarto surge, com a mesma importância dos demais, a especialização é um espaço de interação e integração de profissionais com necessidades e dificuldades similares, sendo conduzidos por alguém mais experiente. Portanto, um espaço profícuo para o networking profissional é sem dúvida o espaço da pós-graduação.

Dennys Robson Girardi
Coordenador Geral de Graduação do Centro Universitário Curitiba - UNICURITIBA
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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Visita Técnica - CONTABILIZEI



Ontem (25/04) os acadêmicos do Curso de Administração do 8° período realizaram visita técnica acompanhados pelo professor Sérgio Itamar a empresa Contabilizei Contabilidade Online com a participação do Sr. Vitor Torres, CEO & Fundador da empresa. 

Foram discutidos temas sobre a estratégia na prática, os desafios e a agilidade das empresas de tecnologia, as competências do moderno gestor de empresas, entre muitos outros. Realmente foi uma excelente noite de aprendizado. 
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Palestra no CRA-PR

CONVITE PARA PALESTRA NO CRA-PR



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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Millennials: Quem são? O que fazem? Onde vivem?

Recentemente eu estava pesquisando um pouco acerca de novas tecnologias dos softwares de gestão empresarial no mundo, e constantemente me deparava com uma expressão que me intrigou um pouco: millennials. Resolvi estudar um pouco mais sobre isso, e descobri alguns fatos que justificam o comportamento de muitas pessoas que nos cercam. Vamos lá então.

Millennial é o nome dado para os nascidos entre 1982 e 2004. São assim chamados (ou até mesmo como “a geração do milênio”), porque eles nasceram durante o alvorecer da era da digitalização. Mas efetivamente quais são as características desse “povo”?

Prof. Samir Bazzi.
Um millennial, por si só, já nasce como se fosse um explorador (um bandeirante dos tempos modernos). Eles são multitarefas e dominam a tecnologia como poucos. Além disso, possuem alguns valores pessoais que podem ser considerados como diferentes dos valores mais tradicionais. Diferentemente dos baby boomers (aqueles nascidos entre 1946 e 1964), que possuíam uma mente mais aberta, como a defesa do casamento entre pessoas do mesmo sexo e casamentos multirraciais, os millennials são menos preocupados em se casar ou ter filhos em breve, e mais preocupados com a paixão e a felicidade. Os millennials querem mais é criar novas regras e inspirar outros a perseguir os seus sonhos.

Outra característica interessante, é que essa geração vive uma vida síncrona e instantânea, construída sobre os alicerces do consumismo. Os millennials amam, e precisam, estar conectados 24 x 7, pois as suas vidas giram em torno de “messagings”, “facebooking” e “tweeting”, permanecendo sempre a um toque de ir em frente.

A cada dia que passa, mais e mais millennials estão tomando conta dos principais locais de trabalho no mundo, em um ritmo muito grande. E através desse empoderamento está começando a surgir uma mudança revolucionária na forma como os indivíduos trabalham hoje em dia, por exemplo:

  • adoção de novas tecnologia: com as novas tecnologias, os dados estão prontamente disponíveis para eles, tornando-os auto motivados para a excelência;
  • ambiente de trabalho amigável: os millennials valorizam a democracia, e acreditam que o melhor é sempre manter relações amigáveis com os seus colegas de trabalho; na verdade, eles acreditam totalmente na expressão “nós não trabalhamos para você, nós trabalhamos com você”;
  • riscos em um padrão mais elevado: eles são vistos como tomadores de risco reais, que procuram sempre lidar com o que é, e não com o que poderia ser.

Essa geração do milênio quer cada vez mais flexibilidade, experiência e treinamento. Eles querem trilhar uma carreira muito mais rapidamente do que as gerações mais antigas. Os millennials são inovadores por natureza, e é isso o que eles mais gostam de fazer no seu local de trabalho. Para eles, inovação não significa necessariamente apenas criar um novo app, mas simplesmente automatizar tarefas rotineiras e monótonas. Com isso, precisamos entender que um millennial não gosta de se sentar em um lugar e fazer a mesma coisa repetidamente.

Se você quiser saber um pouco mais sobre os millennials acesse esse excelente infográfico produzido pela Goldman Sachs:


Prof. Samir Bazzi
Graduado em Administração, MBA Executivo em Direito Tributário e membro do programa de pós-graduação stricto senso em Administração, na Universidad de La Empresa em Montevidéu. Sócio da Izzab Assessoria Empresarial. Professor do Unicuritiba.


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terça-feira, 18 de abril de 2017

Entrevista com Wagner Weber na RICTV


Wagner Weber, coordenador do curso de Administração do UNICURITIBA, concedeu uma entrevista para a RICTV apontando os caminhos para quem busca ter uma carreira empreendedora de sucesso.

Confira abaixo a entrevista!




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quinta-feira, 6 de abril de 2017

Odebrecht e Gradin, até que os negócios os separem!



Victor Gradin é o patriarca da família Gradin. Norberto Odebrecht, o fundador das organizações Odebrecht, convidou Gradin para trabalhar em seu grupo empresarial. Era 1974, quando a Odebrecht crescia, contudo a sua área financeira precisava ser reestruturada.

Profª. Monica de Faria 
Mascarenhas e Lemos
Victor ocupou o cargo de diretor financeiro por muitos anos, planejando e orientado importantes decisões de Norberto Odebrecht naquele crítico e delicado momento de expansão das empresas do grupo e em diversos outros relevantes movimentos estratégicos futuros. Por acreditar no potencial da empresa, e pela relação de confiança entre Norberto e Victor, este se tornou sócio da Odebrecht com uma pequena participação. A partir de 1991, Odebrecht abria seu capital e Victor, ao longo de seu tempo como gestor financeiro, foi realizando novas compras de ações.

Bernardo e Miguel, ambos filhos de Victor Gradin, entrariam mais tarde para integrar a gestão do grupo. Com o passar do tempo, se tornam presidentes de algumas importantes unidades de negócios. Como o pai, eles passaram a investir em ações da Odebrecht. Entre idas e vindas acionárias, a família Gradin se estabelece finalmente como uma holding, tornando-se proprietária de 20,6% da Odebrecht. Apesar de os Odebrecht serem os controladores do capital do grupo, havia um entendimento harmônico entre os interesses das duas famílias - os Odebrecht mandavam operacionalmente nas unidades relacionadas à construção e novos negócios e os Gradin se encarregavam da área de petroquímica e projetos industriais.

A assimetria do poder na Odebrecht, apesar do suposto bom entendimento entre as famílias, aflora no momento em que os diferentes interesses colidem entre si. Em 2010, as famílias Gradin e Odebrecht iniciam aquela que é considerada uma das maiores disputas societárias ocorridas no país. Marcelo Odebrecht, terceira geração da família e atualmente hóspede forçado na “República de Curitiba”, capitaneou a retirada dos Gradin da vida corporativa da Odebrecht. Através de alterações estatutárias, Marcelo eliminou a participação dos Gradin nos Conselhos e iniciou a sucessão para os cargos ocupados por Bernardo e Miguel.

Os Odebrecht acenaram com uma oferta de compra das ações da família Gradin. Contudo, Bernardo Gradin, representante da segunda geração da família, em franca oposição a Marcelo Odebrecht, se negou a vender suas participações. A partir desse momento, Odebrecht e Gradin entram em uma disputa que duraria, aproximadamente, cinco anos. Os Gradin invocaram o direito estatutário à arbitragem; os Odebrecht buscavam uma solução judicial. Após cinco anos nos tribunais, houve a decisão superior de que o comitê de arbitragem seria o caminho a ser percorrido para as famílias se entenderem.

 As informações que circulam na mídia, com direito a espaço na prestigiosa revista Forbes, afirmam que os conflitos gerados pela divergência de interesses dos descendentes das duas famílias sepultaram a história de amizade, lealdade mútua e respeito que existia entre Norberto e Victor. Norberto faleceu aos 91 anos no ano de 2014, e foi em 1944 que deu início aos primeiros pilares do grupo Odebrecht. Nos seus últimos anos de vida, já afastado das decisões estratégicas do grupo, teve que acompanhar uma disputa com a família daquele que havia sido amigo, sócio e fiel escudeiro. Os descendentes das duas famílias, que partiram para o pugilato de tinturas quase fraticidas nos tribunais, foram amigos de infância, estudantes parceiros e até colegas de trabalho em alguns momentos de suas experiências profissionais em empresas fora do grupo. 

Nessa melancólica sequência de fatos, o mecanismo da arbitragem acabou por levar as duas famílias amigas a um entendimento, com a separação já consolidada em 2016.

Em razão da momentosa operação Lava Jato, os descendentes de Victor Gradin, por sorte ou ironia do destino, ao contrário de Marcelo Odebrecht, não estão com suas liberdades civis restritas, como Marcelo Odebrecht. Por outro lado, o infortunoso Marcelo Odebrecht já não pode contar com o apoio amigo da família Gradin tal como seu avô, Norberto, contara em momentos anteriores e decisivos deste grande grupo empresarial brasileiro.

Como se diz na letra da música de Milton Nascimento: “amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito”.


Professora Mônica de Faria Mascarenhas e Lemos
Graduada em Administração pela PUC/RJ. Mestre em Administração pela UFPR. Professora do curso de Administração no UNICURITIBA.
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quarta-feira, 5 de abril de 2017

Por onde anda: Emanuella Abujamra Deconto

"Por onde anda?" é um espaço criado em nosso blog destinado aos egressos do Curso de Administração do Unicuritiba com o objetivo de compartilhar suas experiências, aventuras e desafios no mundo da administração e dos negócios. 

E aí Emanuella, por onde anda?

"Tudo começou quando meu irmão Alexandro Abujamra Deconto, se formou em 2008 no curso de Administração no Unicuritiba, que na época ainda se chamava Faculdade Integrada Curitiba. No mesmo ano da sua formatura já estava com as passagens compradas para a China e com a certeza que iria trabalhar com comercio internacional. 

Adm. Emanuella Abujamra Deconto
e Adm. Alexandro Abujamra Deconto 
Criou a IES Trading Ltda, empresa que prestava serviços internacionais, intermediando negócios entre Brasil e China. Em 2010 quando ingressei no Unicuritiba para cursar Direito, decidi trancar o curso e fazer um intercâmbio para a Austrália. Finalizando minha estada na Oceania, meu irmão me convidou para morar na China e trabalhar na IES. Aceitei de primeira, não poderia perder a oportunidade que ele e a vida estavam me oferecendo. Foi assim que na volta para o Brasil, quando retomei meus estudos, percebi que o meu perfil não se encaixava mais no curso que havia escolhido inicialmente, e optei naquele momento pelo Curso de Administração, a melhor coisa que eu poderia ter feito! Depois de 6 anos atuando com negócios internacionais, decidimos mudar o core business e criamos a marca REthink! Que desenvolve e comercializa produtos e soluções sustentáveis em iluminação. Que pelo trabalho de branding, neste ano ganhou o prêmio "IF Design Awards 2017", na Alemanha

Nossa primeira linha de produtos foram as lâmpadas de LED de alto desempenho, com a aplicação em projetos de eficiência energética. Em 2016, readequamos nosso portfólio para atuar na distribuição, acrescentando os painéis, refletores, downlight e sopt, todos com a tecnologia LED e com a essência da marca que é a eficiência sustentável. 

Nossos desafios foram vários, começando com o idioma e a cultura chinesa; angariar clientes; alteração do core business; a mudança política do país, entre inúmeros outros que poderia listar. Julgo dois, os mais difíceister inteligência emocional para discernir na hora da decisão e resiliência para não desistir!"
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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Visita Técnica - PORTO DE PARANAGUÁ


























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