sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Por onde anda? - Francisco Lopes e Alexandre Kimmel

Por onde andam os egressos do Curso de Administração do UNICURITIBA: Francisco Lopes e Alexandre Kimmel? Confira abaixo um bate-papo realizado pelo aluno Rafael dos Santos.




Até mais!



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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

MULHERES NO AMBIENTE DE TRABALHO


Fui convidada pelo grupo de estudos e pesquisa do Unicuritiba sobre Direitos Humanos para participar como mediadora na palestra sobre Mulheres no mundo dos negócios no I Congresso Internacional de direitos humanos do Unicuritiba.
Após essa experiência, decidi realizar algumas considerações sobre a temática. A discussão sobre a desigualdade de gênero no mundo corporativo não é assunto recente. No ápice da Revolução Industrial, estamos falando em uma data que ocorreu em torno dos anos de 1850, quando mulheres exploradas pelos seus empregadores iniciaram movimentos de contestação. Mulheres-trabalhadoras morreram por conta das tentativas de conquistar melhores condições de trabalho e remuneração. Como fruto de algumas dessas ações, num momento seguinte, instituiu-se o dia Internacional da Mulher. A proposta deste dia é que possamos refletir sobre o assunto e lembrarmos o quanto foi sofrido conquistar alguns direitos para as mulheres nos ambientes de trabalho. As exaustivas horas de trabalho, uma remuneração pífia e inferior àquela paga ao funcionário-homem, um trabalho realizado em ambientes insalubres e perigosos, a inexistência de possibilidade de descanso, as diferentes vertentes do assédio moral ao qual essas mulheres estavam expostas todos os dias foram apenas alguns dos temas que provocaram os levantes. 
Em 1948, foi proclamada, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DHDH). Dentre os direitos por ela tratados, alguns se referem aos temas que eram praxe dentro das organizações no período da Revolução Industrial.  
De lá pra cá, diversos organismos que organizam, estudam, acompanham e tentam alterar o status quoestabelecido sobre essa questão surgiram. Tomemos como exemplo a ONU Mulheres, e sua iniciativa do Planeta 50-50 para 2030, que lançou o desafio e metas pela igualdade de gênero.  O Great Place To Work (GPTW) recentemente lançou o ranking das melhores empresas para se trabalhar, e, um desses posicionamentos foi com um foco especial para as políticas institucionais direcionadas para as mulheres.
Apesar de tantos avanços e conquistas, ainda há muito o que ser transformado. Ainda existem, pelo menos, quatro temas a serem enfrentados pelas mulheres dentro das organizações: 1) o assédio moral; 2) diferença salarial; 3) ascensão hierárquica; e 4) a maternidade.
Utilizo o conceito de assédio moral que ocorre dentro das organizações como aquelas situações constrangedoras e, por vezes, humilhantes. Não apenas nas relações hierárquicas, mas nas relações entre pares. As piadinhas, os deboches, a falta de respeito com o vocabulário utilizados, ainda recheiam muitos dos processos trabalhistas no Brasil. Nesse momento, o Art 1º da DUDH, onde todos nascem iguais em dignidade e em direitos, é quebrado. 
Já o art 23º do DUDH menciona que as condições de trabalho devem ser equitativas e que o salário deverá ser igual por trabalho igual. Resultados estatísticos de pesquisa, realizada pelo Instituto Ethos com as 500 maiores empresas brasileiras, em 2016, apontam que o rendimento das mulheres é inferior ao rendimento de homens que ocupam o mesmo cargo, e que essa diferença em cargos de diretoria e chefias chega a 30%.  
No que tange a hierarquia, artigos publicados pelo ONU Mulheres apontam que os cargos mais elevados das estruturas organizacionais são na sua maioria dominados pelos homens. O Instituto Ethos corrobora essa informação, apontando que, aproximadamente, apenas 14% dos cargos mais elevados são ocupados pelas mulheres no Brasil. Nos conselhos de administração, a participação das mulheres nas 500 maiores empresas brasileiras é de, aproximadamente, 11%.  
O art. 25 versa sobre o direito a cuidados e assistência especial para a maternidade. A gravidez da mulher no ambiente organizacional sempre foi vista como um “problema”. Inúmeras são as empresas que dispensam as recentes mães para extirpar o “mal”. Por outro lado, empresas bem ranqueadas no GPTW – temática mulher, já oferecem benefícios e políticas de proteção a esse momento único na vida das mulheres.
 Outra informação relevante que precisa ser analisada é quando estamos diante das empresas públicas brasileiras. Nessas empresas, regidas pelos princípios administrativos - LIMPE (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), as regras são obedecidas, consequentemente, as garantias de igualdade acontecem pela força da lei. Assim como observa-se na França, com a implementação da Lei da Igualdade no serviço público, as mulheres passaram a ter quotas garantidas nos cargos públicos. 
Em resumo, atualmente, muito das conquistas já alcançadas parece estar garantida pela força da lei. Penso como estariam nossas arenas organizacionais se o direito à igualdade  dependesse única e exclusivamente do ser homo sapiens!

Por Profa. Monica de Faria Mascarenhas e Lemos

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terça-feira, 22 de outubro de 2019

Workshop de Design Thinking no curso de Administração

No dia 22 de outubro, as turmas do 2º e 6º períodos do curso de Administração do UNICURITIBA participaram de um Workshop de Design Thinking, ministrado pelas professoras Gláucia de Salles Ferro e Vanessa Mezzadri Brudzinski. O encontro teve a coordenação do professor Marcelo Ludvich, da disciplina de Administração Orçamentária. 
Inicialmente, as palestrantes mostraram o contexto dos desafios complexos do mundo atual, situando o Design Thinking e suas metodologias como possibilidade para encontrar alternativas. Depois, seguiram com um desafio criativo para a turma, que terminou com a produção de protótipos de produtos inovadores.
De acordo com as pesquisadoras, mais do que uma metodologia, o Design Thinking é uma abordagem para a resolução de questões de natureza diversa e tem como premissas a colaboração interdisciplinar, a lógica abdutiva, a empatia, a experimentação, a visualização e a iteratividade. Segundo o Fórum Econômico Mundial de Davos, 2006, o Design Thinking é “o modelo de pensamento mais adequado aos problemas do mundo atual”. Na Administração, em especial, a abordagem pode ser útil da concepção de um novo produto, serviço ou start upà tomada de decisões relacionada a conflitos na organização, por exemplo. 






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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Dia 09/11: oficina gratuita de criatividade.


Reza a lenda ou dizem as teorias que um certo dia, logo após as mudanças sociais e econômicas provocadas pela Revolução Industrial, os artistas deixaram de ser bancados pelos mecenas e tiveram que sair ao mercado para vender sua própria arte. Daí vem o estereótipo de que artistas – isto é, pessoas altamente criativas – são excêntricas. Mas isso é verdade mesmo? Toda pessoa criativa é artista? A criatividade é um talento exclusivo ou um “bem comum”? E mais: apenas pessoas muito excêntricas são criativas? Para a teoria, ser criativo não é um dom e, sim, uma competência, um jeito de enxergar o mundo que vamos perdendo com o passar dos anos e com os diversos papéis que exercemos em cada uma das esferas em que convivemos: o de filho, o de irmão, o de aluno, o de funcionário e assim por diante. O fato é: todo mundo é criativo, a gente só precisa reaprender a ver as coisas sob essa égide. 
Poetas, pintores, artesãos, designers, publicitários...mas também faxineiros, telefonistas, pedreiros, eletricistas, dentistas, biólogos, fonoaudiólogos, professores, administradores, executivos, engenheiros, médicos, bioquímicos e vários outros. A criatividade é uma competência que deve ser cada vez mais valorizada no mercado de trabalho atual e de alguns anos adiante, em várias áreas. Qualquer profissional que exercite, pratique e aplique a criatividade tem muito mais a vislumbrar e produzir. Porque ser criativo ou criativa nos faz enxergar os problemas de outra maneira, nos faz perceber saídas inimagináveis e ir além do convencional, o que pode resultar em novos produtos, novas empresas, novas start upse até mesmo em novas soluções para um mundo carente de recursos. Há quem diga, inclusive, que ser criativo é ser também empreendedor, já que ambas as competências são inerentes a todo ser humano.
Will Gompertz, no livro “Pense como um artista”, relata que artistas – isto é, pessoas criativas, são, na verdade, CEOs de seu próprio negócio. “Eles precisam ter aguda sensibilidade para o marketing e conhecimento implícito das questões de marca – conceitos corporativos desagradáveis que nunca mencionam em companhias refinadas, mas que na verdade são sua segunda vocação. Não sobreviveriam por muito tempo se não fossem assim. Afinal de contas, eles atuam no ramo de fornecimento de produtos sem função ou propósitos reais para uma clientela abastada; consumidores que valorizam distinções de marca acima de tudo”. Isso significa basicamente que, embora nem sempre seja vista dessa forma, a criatividade também é um negócio – e que, no mínimo, pode gerar vários outros negócios.  
Se você tem interesse em ampliar suas possibilidades criativas e empreendedoras, participe da Oficina de Criatividadecom os professores Fernanda Bogoni e Isaak Soares, no dia 09/11, um sábado, das oito ao meio-dia, aqui no UNICURITIBA. O curso é totalmente gratuito e abordará aspectos relevantes na área da criatividade, como conceitos básicos, técnicas de dinamização do pensamento e estudos de casos reais em que uma big ideafez toda a diferença. Como disse Picasso, “começo com uma ideia e então ela se torna outra coisa”. Surpreenda-se com a sua própria criatividade. Participe. : )

Por Fernanda Bogoni e Isaak Soares
Professores do UNICURITIBA
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terça-feira, 8 de outubro de 2019

Atividade integrada dos cursos de Administração e Publicidade e Propaganda

No dia 08 de outubro, os alunos dos cursos de Administração (2º período) e Publicidade e Propaganda (4º e 8º períodos), acompanhados pelos professores Fernanda Bogoni, Haroldo Capote e Bruno Real, receberam a visita da executiva Maria Aparecida de Oliveira, Diretora de Marketing do Grupo Tacla. Durante o bate-papo, a profissional falou sobre a experiência de consumo no varejo físico, sobre os budgets de comunicação do grupo e sobre posicionamento de marca. Ressaltou, ainda, o quanto é importante realizar ações tanto para o público final quanto para os lojistas para garantir o sucesso de um shopping center. 

O principal tema abordado durante a noite foi o Shopping Palladium, uma das empresas gerenciadas pelo departamento de marketing onde a profissional atua, considerado recentemente pela Associação Brasileira de Shoppings Centers (ABRASCE) o shopping mais querido do Brasil. “O shopping mais do que nunca tem a missão de fazer pessoas felizes. Eu trabalho para isso. O Palladium é hoje o único shopping do Brasil com todas as lojas locadas”, comentou Cida. 
Além da integração entre os cursos, atividades como essas conferem aos alunos a possibilidade de trocar experiências e reconhecerem, na prática, os conteúdos passados em sala de aula, tal como funcionam na dinâmica do mercado.
Confira as fotos:




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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Sobre a queda da SELIC e o Brasil Suíça - Henri Siro Evrard

Por Henri Siro Evrard


É, meus caros. Quem diria. O Novo Brasil agora virou a Suíça de 10 anos atrás. Já até dá para sentir o cheiro das vaquinhas leiteiras, do chocolate e escutar o tic tac dos relógios. Enquanto estamos vendo nossos juros em níveis recordes de baixa, por estarmos flutuando a uns 2% ou 3% acima da inflação, na Suíça atual os juros estão no abismo oceânico, ao redor de -0,75% ao ano, para os próximos 10 anos. Então, se nós viramos o que a Suíça já foi a 10 anos atrás, agora a Suíça já não é mais aquela Suíça.... é a Nova Suíça.... Uau! Enquanto o Novo Brasil pratica taxas que diríamos dignas do primeiro mundo de uma década atrás, o primeiro mundo de agora já é muito diferente do primeiro mundo de outrora... quem raios aplica dinheiro para perder -0,75% ao ano?? Talvez alienígenas, e, com certeza, aqueles que investem dinheiro na Suíça de hoje.

Taxa de juros Suíça para títulos de 10 anos

Enquanto no Novo Brasil é igual a Velha Suíça, e a Nova Suíça é digna de teorias alienígenas. O que torna o Brasil digno de ser comparado com a Velha Suíça não são as mesmas coisas que faziam a Suíça ser o que era quando era a Velha Suíça .

A Suíça tem visto crescimento do PIB não muito robusto já faz tempo, mas a estrutura inflacionária e desenvolvimento econômico é muito diferente.

Crescimento Suíça

Crescimento Brasil

Seja como for, os juros da Velha Suíça e da Nova Suíça se justificavam por taxas de inflaçao históricas muito baixas. Com picos sazonais de incríveis e horríveis 3%!! Quem é consegue viver com uma inflação assim??? (contém ironia). Mas o medo predominante na Suíça Velha e Suíça Nova, é uma coisa que a gente, brasileiro, nem sonha que poderia ser um problema... a deflação.

Inflação Suíça

Imagina que você acorda, naquela segunda-feira horrível. Um pé atravessado atrás do outro, te dá uma coceira nas costas que a mão não consegue alcançar, ao ir para o banheiro você topa o dedão na porta, desliza no box, troca a pasta de dente por espuma de barbear... desgraça completa... aí você pensa nas tuas finanças, e aí, sim, a coisa fecha com chave de ouro digna de um velório. Ao formular o seu problema financeiro, você pensa nele mais ou menos assim: "será que eu vou ter dinheiro para comprar o que eu quero/preciso?". É caos. Vende o almoço pra comprar o jantar. Problema digno e comum de um monte de brasileiro que já acha isso aí tudo, da coceira nas costas ao parcelamente das casas Bahia, coisas da vida como é.

Agora imagina esse mesmo problema para um Suíço (tanto na Velha quanto na Nova Suíça). O dia também é péssimo. Acorda atravessado. Topa o dedão na porta, coça as costas num lugar que não tem como alcançar, tudo do jeitinho ruim de ser. Até aí tudo igual ao brasuca... mas aí ele lembra das suas finanças. O problema que ele irá formular na sua cabeça de Suíço, ao comparar os países, ficaria mais ou menos assim: "será que eu vou querer comprar as coisas com o dinheiro que eu tenho?". É... é mais ou menos essa comparação que a gente pode fazer entre os países. Enquanto um não vai pra frente porque não tem as condições, o outro já está tão farto, que não precisa mais avançar. Ambos não vão para frente, mas os motivos são muito diferentes. E isso vale tanto para a Nova Suíça quanto para a Velha Suíça. Mesmo quando compararmos com a Velha Suíça dos juros de 3% e o Novo Brasil dos juros reais de 3%, temos um abismo de disparidade.

A grande disparidade é que os juros baixos na Suíça e nos demais países desenvolvidos é o resultado de um crescimento econômico esgotado, já amplamente explorado, no limite do seu desenvolvimento, e gerando um histórico consistente de ausência de inflação que os permite chegar a níveis antes nunca vistos em taxa de juros negativos. No Brasil, os juros baixos, são efeito de um potencial não realizado, de uma ausência de condições para atingir o que pode atingir, a privação daquilo que ele poderia ser, o que leva, junto à existência de um gap inflacionário que permite a queda de juros temporária.

Inflação Brasil

A queda recente da inflação do Brasil está muito ligada a ociosidade que temos da massa de trabalhadores que estão na pindaíba completa. Não estamos conseguindo sair de uma forte recessão, e há uma massa de desempregados ainda muito grande dando sopa. Isso faz com que vejamos a inflação nos níveis atuais... mas diferentemente da Suíça, quando a joça da nossa economia voltar a girar, voltaremos voltar de maneira íngreme o consumo e a inflação.

Desemprego Brasil

Já no caso da Suíça, o país já fez tudo que tem pra fazer. Todo mundo está trabalhandinho normal, as vontades básicas estão todas atendidadas de modo que o consumo está indo de vento em polpa. A pergunta que fica: e eles não tem inflação? Rá! Eis o golpe alienígena que torna eles tão diferentes do Brasil.

Desemprego na Suíça

Mesmo com o desemprego em taxas baixíssimas, a inflação Suíça tem dificuldades em aparecer. O baixo juros do país realmente é estrutural. Possíveis fontes de explicação é o aumento da produtividade vindas maciço da tecnologia, uma China que inunda o mundo com produtos barato, e de quebra, em um pensamento mais conspiratório, a concentração de renda que leva à concentração do dinheiro, reduzindo o efeito do afrouxamento monetário... seja como for, o cenário suíço é muito diferente do brasileiro. A nossa taxa de inflação baixa pode estar afetada por todas essas coisas, mas ela é coincidente com uma profunda recessão e desemprego, ou seja, com a ausência de condições de consumo, e não com sua completude, que parece ser o caso suíço.


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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Por onde anda João Tosin?



O egresso do curso de Administração do Unicuritiba João Tosin, CEO da Celero, ajudando a transformar a gestão financeira do Brasil. 


Confira a matéria acessando:

https://cbncuritiba.com/terceirizacao-de-gestao-financeira-pode-facilitar-a-vida-de-empresarios/

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Marketing disruptivo: a inovação não tem volta.

Se você acessa o Youtube, já deve ter ouvido falar da Rappi, o aplicativo de entregas que mudou radicalmente o conceito de compras via de apps. Por meio dele, é possível pedir qualquer coisa, e um entregador vai lá, compra e leva pra você, diferentemente do iFood ou do UberEats que são exclusivamente voltados a pedidos de comida. Outra marca que trouxe inovação à mobilidade é a Yellow, que oferece bicicletas em diversos pontos da cidade para que o usuário não precise se deslocar muito para encontrar um item à disposição. Esses formatos de empresas são o que chamamos de negócios disruptivos, ou seja, modelos que rompem com antigos padrões de compra, venda e relacionamento com o consumidor. 

Quem estuda ou atua com marketing precisa estar antenado a essas novidades, nem tão novas assim considerando cases de sucesso como o Uber, o Airbnb, a Amazon, a Netflix, entre outras empresas que romperam totalmente com o “antigo” jeito de criar e gerir uma empresa. Dados mostram que atualmente são as marcas disruptivas as que mais crescem no mercado. Mas será que é possível tornar uma marca mais disruptiva? Conheça o que diz a pesquisa “Como a disrupção pode impulsionar o crescimento da marca?”, da Kantar Millward Brown, que recomenda sete passos para que as marcas gerem disrupção e impulsionem seu crescimento.

1- Saia da zona de conforto:de acordo com a pesquisa, marcas disruptivas são sempre muito diferentes dos concorrentes. A ideia aqui é ficar de olho nas tendências, sobretudo no quesito experiência do consumidor, para vislumbrar uma mudança, ainda que pequena, e sair na frente da concorrência. 

2- Saiba o que precisa mudar:para enxergar uma boa oportunidade de disrupção e crescimento, basta olhar para as pessoas. O que elas desejam? Pensam? Sentem? Depois, aplique esse olhar nas campanhas e projetos da sua marca.

3- Conheça o valor da sua marca:nem sempre crescer como marca significa vender mais ou atrair mais e mais consumidores. Marketing é sobre criar valor para o cliente. De acordo com o estudo, os consumidores pagam, em média, 14% a mais pelas marcas que têm um valor consistente. Em termos de lucros, a maior oportunidade de crescimento disruptivo pode vir da segmentação dos clientes e da curadoria das percepções e necessidades dos consumidores. 

4- Inspire-se no consumidor:a disrupção também vem do design, da distribuição, do atendimento ao cliente e da estratégia de comunicação, além, é claro, da forma como o consumidor percebe tudo isso em uma marca. Uma grande ideia pode vir de qualquer lugar, observe e mude o que for preciso.

5- Invista para fazer a diferença:para os profissionais da Kantar Millward Brown, é importante voltar uma parte do budgetpara a disrupção. Isso inclui investigar, planejar, executar e até mesmo corrigir as rotas, apontam. Ideias realmente criativas podem alavancar investimentos e impactos nas campanhas de Marketing e nos canais de mídia utilizados.

6- Aprenda rápido e tenha melhores resultados:não há estratégia 100% precisa; uma ação de Marketing ou um projeto de uma marca sempre podem falhar, mas quando há constantes identificação e análise de feedbacks de forma rápida, fica mais fácil corrigir um erro.

7- Melhore a eficácia do marketing:analisar campanhas e seus resultados é fundamental para identificar que canais de mídia são mais produtivos por marca, além de melhorar o Retorno Sobre Investimento (ROI) digital. Para aumentar o valor da marca, a área de marketing precisa ter acesso a informações atualizadas sobre como os clientes em potencial visualizam a empresa e suas atividades.

A Millward Brown é um dos maiores institutos de pesquisas ad hoc do Brasil com especialização na área de marcas, comunicação e mídia. Suas metodologias de pesquisa contribuem para a construção de posicionamentos e marcas fortes, além de avaliações mais precisas dos resultados das ações de marketing. Para saber mais, acesse www.millwardbrown.comou, se preferir, confira a “versão” brasileira:  http://www.millwardbrown.com/subsites/brazil/about.






Por Fernanda Bogoni
Professora do curso de Administração do UNICURITIBA
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quinta-feira, 30 de maio de 2019

PIB brasileiro tem resultado negativo de 0,2% no 1º trimestre de 2019 – Inflexão Recessiva

Fonte: Agência IBGE Notícias
Compilado por Semí Cavalcante de Oliveira


No primeiro trimestre de 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) recuou (-0,2%) em relação ao quarto trimestre de 2018, na série com ajuste sazonal. Na comparação com igual período de 2018, o PIB cresceu 0,5%. Já o acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2019 subiu 0,9%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre de 2019 totalizou R$ 1,714 trilhão, sendo R$ 1,462 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 251,5 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Ainda no primeiro trimestre de 2019, a taxa de investimento foi de 15,5% do PIB, acima da observado no mesmo período de 2018 (15,2%).

PIB recua 0,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
No primeiro trimestre de 2019 o PIB recuou 0,2% em relação ao quarto trimestre de 2018, na série com ajuste sazonal. Foi o primeiro resultado negativo nessa comparação desde o quarto trimestre de 2016 (-0,6%). A Agropecuária (-0,5%) e a Indústria (-0,7%) recuaram, enquanto os Serviços subiram 0,2%.

Nas atividades industriais, a queda foi puxada pelas Indústrias Extrativas (-6,3%), Construção (-2,0%) e Indústrias de Transformação (-0,5%). Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos cresceu 1,4%.

Nos Serviços, os resultados positivos vieram de outros serviços (0,4%), Intermediação financeira e seguros (0,4%), Administração, saúde e educação pública (0,3%), Informação e comunicação (0,3%) e Atividades imobiliárias (0,2%). Já as quedas foram em Transporte, armazenagem e correio (-0,6%) e Comércio (-0,1%).

Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (-1,7%), enquanto o Consumo do Governo (0,4%) e o Consumo das Famílias (0,3%) tiveram taxas positivas.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram (-1,9%), enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 0,5% em relação ao trimestre anterior.

PIB acumulou alta de 0,5% no primeiro trimestre de 2019

Comparado a igual período de 2018, o PIB avançou 0,5% no primeiro trimestre de 2019. O Valor Adicionado a preços básicos teve variação positiva de 0,5% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 0,1%.

A Agropecuária registrou variação negativa (-0,1%) em relação a igual período do ano anterior. Este resultado se explica, principalmente, pelo desempenho de produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida vis-à-vis a área plantada.

A Indústria teve retração (-1,1%). A maior queda foi nas Indústrias Extrativas (-3,0%), puxada principalmente pelo recuo da extração de minérios ferrosos. Houve queda também na Construção (-2,2%), a vigésima consecutiva da atividade.

A Indústria de Transformação teve retração (-1,7%), influenciada, principalmente, pela queda da fabricação de equipamentos de transportes; indústria farmacêutica; fabricação de máquinas e equipamentos e fabricação de produtos alimentícios.

A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana cresceu 4,7%, favorecida pela vigência da bandeira tarifária durante o primeiro trimestre de 2019.

O valor adicionado de Serviços cresceu 1,2% nesta comparação, com variações positivas em todas as suas atividades. Os destaques foram Informação e comunicação (3,8%), Atividades Imobiliárias (3,0%) e outras atividades de serviços (1,4%). Os demais resultados positivos foram: Comércio (atacadista e varejista) (0,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,3%) e Transporte, armazenagem e correio (0,2%).

No primeiro trimestre de 2019, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu 1,3%. O resultado positivo se explica pelo bom comportamento do crédito para pessoa física e da massa salarial, além de taxa de juros mais baixas que as do primeiro trimestre de 2018.

A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 0,9% no primeiro trimestre de 2019, devido ao aumento da importação líquida de máquinas e equipamentos que compensou a queda na produção de bens de capital e da Construção. Já a Despesa de Consumo do Governo variou 0,1% em relação ao primeiro trimestre de 2018.

As Exportações de Bens e Serviços cresceram 1,0%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços se retraíram (-2,5%).

As exportações de bens que mais contribuíram para o resultado positivo foram: agricultura, derivados de petróleo; outros equipamentos de transporte e extração de petróleo e gás natural. Na pauta de importações de bens, as quedas mais relevantes foram em derivados de petróleo; veículos automotores; indústria farmacêutica e produtos de metal.

PIB acumula 0,9% nos quatro trimestres

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2019 aumentou 0,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 1,0% do Valor Adicionado a preços básicos e de 0,7% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (1,1%), Indústria (0,0%) e Serviços (1,2%).

Dentre as atividades industriais em alta estão Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (3,3%), Extrativa Mineral (0,6%) e Indústria da Transformação (0,1%). Já a Construção sofreu contração (-2,0%).

Dentre os Serviços, destaque para Atividades imobiliárias, que avançaram 3,2%. O restante apresentou as seguintes variações: Informação e comunicação (2,0%), Transporte, armazenagem e correio (1,5%), Comércio (1,3%), outras atividades de serviços (1,0%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,4%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,2%).

Na análise da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo apresentou alta de 3,7% e a Despesa de Consumo das Famílias de 1,5%. Já a Consumo do Governo teve variação positiva de 0,1%. Este é o sexto trimestre seguido com crescimento do Consumo das Famílias.

Já no setor externo, as Exportações de Bens e Serviços avançaram 3,0%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços apresentaram crescimento de 5,8%.


PIB chega a R$ 1,714 trilhão no primeiro trimestre de 2019.
O Produto Interno Bruto no primeiro trimestre de 2019 totalizou R$ 1,714 trilhão, sendo R$ 1,462 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 251,5 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

Entre as atividades, a Agropecuária mostrou um valor adicionado de R$ 90,3 bilhões, a Indústria R$ 297,0 bilhões e os Serviços R$ 1,075 trilhão.

A Despesa de Consumo das Famílias totalizou R$ 1,111 trilhão, a Despesa de Consumo do Governo R$ 329,8 bilhões e a Formação Bruta de Capital Fixo R$ 265,6 bilhões. A Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 2,3 bilhões e a Variação de Estoque foi positiva em R$ 4,5 bilhões.

A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2019 foi de 15,5% do PIB, acima do observado no mesmo período de 2018 (15,2%). A taxa de poupança foi de 13,9% no primeiro trimestre de 2019 (ante 15,4% no mesmo período de 2018).

No primeiro trimestre de 2019, a Renda Nacional Bruta atingiu R$ 1,677 trilhão contra R$ 1,621 trilhão em igual período de 2018. Nessa mesma comparação, a Poupança Bruta atingiu R$ 237,5 bilhões contra R$ 253,5 bilhões.

A Necessidade de Financiamento alcançou R$ 32,3 bilhões ante R$ 23,9 bilhões no mesmo período do ano anterior. O aumento da Necessidade de Financiamento é explicado, principalmente, pelo crescimento de R$ 13,3 bilhões em Renda Líquida de Propriedade enviada ao Resto do Mundo, sendo amenizado pela melhora de R$ 4,3 bilhões no saldo externo de bens e serviços.



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quarta-feira, 29 de maio de 2019

O Novo Ciclo do Crescimento Econômico

Autor: Pedro Ricardo Dias Batista - RA 2016203281 – Acadêmico do Curso de Administração de Empresas do Centro Universitário Curitiba - Unicuritiba.

Sob a Orientação do Professor Semí Cavalcante de Oliveira de Economia Brasileira do Unicuritiba.

A economia brasileira, já passou por várias crises em diversos momentos da sua história, e sempre foi necessário promover mudanças para que elas não se agravassem. E desde o segundo governo de Dilma Rousseff, o mercado vinha demonstrando descontentamento com a condução, extremamente intervencionista, daquela equipe econômica. 

O governo de transição de Michel Temer, amenizou, mas não conseguiu superar a recessão pela qual o Brasil passava de forma definitiva. Na realidade no Governo Temer houve um agravamento nos indicadores do desemprego, o que reflete a falta de investimentos por parte do empresariado. 

Nesse sentido, a eleição do Presidente Jair Bolsonaro – final de 2018 – de perfil conservador, liberal e com um forte discurso contra a corrupção. E acima de tudo, com uma equipe econômica carregando o mesmo viés ideológico, deixou o mercado mais confiante, contudo, até agora fez poucos avanços no sentido de afetar diretamente a economia de forma mais positiva. 

Porém, vale ressaltar que os referidos avanços estão a caminho, uma vez que a Reforma da Previdência, pode aliviar de forma significativa o peso e gerar uma economia de 1,16 trilhões de reais nos próximos 10 anos, com uma meta de inflação de 4,25% para 2019 acreditamos que se os prazos forem cumpridos e a reforma previdenciária for aprovada, até final do ano de 2019, podemos estar vivenciando ou próximo de um novo ciclo econômico de crescimento econômico no pais.


Gráfico – 01 - Variação nos Índices da Bolsa de Valores - Ibovespa



No Gráfico 01, podemos perceber que mesmo após a vitória eleitoral do Presidente Jair Bolsonaro, houve pouca variação nos índices da Bolsa de Valores, apenas o início de 2019 é que houve um crescimento significativo nas transações, motivado pela perspectiva da aprovação de uma reforma na previdência promessa de campanha do Presidente e considerada essencial pela sua equipe econômica. 

No que se refere ao câmbio, o cenário também merece atenção, uma vez que, o real sofreu uma desvalorização considerável nos primeiros cinco meses de 2019. A taxa de câmbio estava próxima dos R$ 3,60 no dia da vitória do Bolsonaro e hoje (19/05/2019) está na casa dos R$ 4,09.


Gráfico – 02 – Variação Cambial



A guerra fiscal entre Estados Unidos e China, e qualquer choque externo relevante na economia mundial, também afeta a relação Real/Dólar. Porém, mesmo com todas as incertezas, acreditamos estamos muito perto de um boom econômico, onde a taxa de câmbio pode ficar muito próxima dos R$ 3,70 e a bolsa de valores chegar a 130 mil pontos melhorando a credibilidade no governo, aumentando a confiança dos consumidores e dos empresários e assim diminuindo de forma significativa o desemprego no país. Aliando tudo isso aos índices inflacionários que já estão controlados, mesmo com uma taxa básica de juros (Selic) um pouco acima do que mercado espera, o cenário econômico só tende a melhorar.

Se o empresário, conseguir enxergar esse movimento, que eu antevejo, deve se preparar para novos investimentos e ampliar seus lucros, pois, é bom frisar que as crises econômicas vêm e vão, mas as organizações permanecem e se estiverem preparadas, podem aproveitar brechas e frestas geradas pelas crises e ampliarem e se consolidarem ainda mais no mercado.



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segunda-feira, 20 de maio de 2019

Magazine Luiza Compra a Netshoes por R$244 milhões e amplia sua participação no comércio eletrônico – Estratégia em sintonia com a fase contemporânea da Revolução Industrial.

Prof. Semí Cavalcante de oliveira.


A gigante do varejo Magazine Luiza – Magalu - divulgou, nessa terça feira, 14 de maio de 2019, a aquisição da também brasileira Netshoes, empresa particularizada na venda de artigos esportivos na internet, por US$ 62 milhões, o equivalente a R$ 244,4 milhões. A notícia fez com que as ações da Netshoes saltassem para 18,6% na Bolsa de Nova York. Apesar de ser brasileira, a plataforma de venda só tem papéis negociados na Bolsa de Valores Americana, onde encetou em 2017. 

A compra é mais uma ação da varejista em sua tática para alavancar suas vendas no espaço e-commercee alargar seu portfólio. Para a Netshoes, uma das precursoras do comércio eletrônico no Brasil, foi a solução mais viável após amargar anos após anos de prejuízo. 

Em declaração enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Magazine Luiza explicitou que a compra será efetivada através de uma subsidiária sediada no paraíso fiscal Ilhas Cayman, e que apesar de ambas as partes estarem de acordo, a transação será submetida a autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade), agência que regula o mercado e suas estruturas, sobretudo o espaço concorrencial no país, só assim, o negócio estará sacramentado. 

A compra está em sintonia com a tática de expansão do grupo Magalu e da tendência que o mundo corporativo vem experimentando a partir do final do século passado, evidenciando as estratégias para as novas bases da competitividade. As vendas a partir das plataformas digitais da Netshoes foram de R$ 2,5 bilhões nos últimos 12 meses e se equivalem às vendas no mesmo segmento do Magazine Luiza, que foi de R$ 7 bilhões em 2018.

O valor de US$ 62 milhões é escandalosamente menor do que a Netshoes conseguiu quando da abertura de capital (IPO - Initial Public Offering ou Oferta Pública Inicial), há dois anos, na Bolsa Eletrônica Nasdaq em Nova Iorque. Naquela ocasião, foram arrebanhados US$ 138,85 milhões, o que equivalia a US$ 18 por ação. Na venda para a varejista, cada ação da Netshoes, saiu pela bagatela de US$ 2. 

A Netshoes, fundada no ano 2000 por Márcio Kumruian, seu CEO (Chief Executive Officer ou simplesmente Diretor Executivo) até a data da ratificação da transação pelo CADE, tentou reverter prejuízos constantes com a venda de suas operações no México e na Argentina e mudanças de estratégia, mas não teve resultados suficientes para barrar o aumento da pressão dos acionistas. Em setembro 2018, colocou a empresa à venda. A B2W, controladora da Americanas.com, e o Mercado Livre chegaram a manifestar interesse.

A B2W, proprietária das plataformas Americanas.com e Submarino, reconheceu que avaliava dar um lance pela Netshoes e ampliar sua participação nesse nicho mercadológico. A B2W havia inclusive contratado os serviços de assessoramento do Banco BTG Pactual, ou seja, a intenção era séria. Contudo, o Magalú foi mais rápido.

A transação marca a entrada do Magazine Luiza no segmento de vestuário enquanto que, para a B2W, seria a primeira aquisição de outra empresa de e-commerce. Desde a fusão entre Submarino e Americanas.com, a B2W só adquiriu companhias de software e logística.

Quando a companhia Netshoes chegou à Bolsa em 2017 com a ação cotada a US$ 16,35 e chegou à máxima de US$ 26,73, mas desde então segue perdendo valor. O papel fechou o pregão na quarta-feira (15 de maio) cotado a US$ 2,20, com queda de 11,3%, após o salto da véspera. Por causa das dificuldades operacionais, desde setembro do ano de 2018 ela buscava um comprador.


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quinta-feira, 7 de março de 2019

Um Pouco de Política, Economia e Crise – como elas afetam o mercado. | Prof. Semí Cavalcante de Oliveira

O Governo de Jair Bolsonaro tem apenas 2 meses de vida e já protagonizou várias “micro” crises e dá a impressão que está se esforçando ao máximo para fazer oposição a ele próprio. Mesmo porque os partidos de oposição, principalmente o Partido dos trabalhadores (PT), não estão cumprindo seu papel histórico, que é fazer oposição ao governo constituído. Uma vez que esses referidos partidos foram derrotados nas eleições presidenciais de 2018, esperava-se que eles cumprissem sua missão histórica, que é fazer oposição.
Talvez de uma forma subliminar, a oposição no Congresso ao governo Bolsonaro, tem percebido que não é necessário fazer muita coisa, já que os integrantes do governo, familiares e o próprio Presidente Jair Bolsonaro se encarrega dessa missão. Vamos analisar apenas três fatos que demonstraram que a equipe montada pelo governo não está sintonizada, além de evidenciar que é extremamente sensível a pressões externas.
1 – O caso envolvendo o Ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, o Vereador da cidade do Rio de Janeiro e filho do Presidente, Carlos Bolsonaro e o Presidente da República.
O conflito entre o Presidente Bolsonaro e o Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, provocou inquietações entre membros do governo e a base do governo no Congresso. O episódio, que tem suas gênesis em suspeitas de financiamento de candidaturas “laranjas” pelo PSL, partido que abrigou a candidatura do Presidente Jair Bolsonaro, e discordâncias remotas entre o referido ministro e o vereador Carlos Bolsonaro. Essa crise chegou ao seu ponto de ebulição após o presidente admitir a possibilidade de Bebianno ser obrigado a deixar o governo. O Vereador e filho do Presidente, chamou o Ministro de Estado de Mentiroso, que não reflete a realidade, e teve o apoio do pai, que endossou a artimanha do filho.
 A crise ocorreu em um momento delicado, já que o governo tenta manter união para as negociações da pauta de votação mais importante no congresso, a da Reforma da Previdência. Que o governo tem chamado de a “Nova Previdência”, que segundo seus defensores, irá proporcionar aos cofres públicos uma economia de 1 trilhão de reais em 10 anos.
2 – Ministro de Estado da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, diz que errou ao pedir filmagem de crianças cantando hino sem permissão dos pais.
Mais uma “saia justa” para o Governo de Jair Bolsonaro e consequentemente mais uma “micro” crise minando as bases desse governo que já demonstrou em 2 meses de vida que não tem suas bases fincadas em terreno muito sólido. 
O Ministério da Educação enviou e-mail para escolas pedindo a leitura de uma carta do Ministro e em seguida seria executado o Hino Nacional. Os estudantes seriam filmados durante o ato. Esse fato gerou fortes críticas de parlamentares tanto oposicionistas como da base de apoio do governo, motivou uma representação desses ao Ministério Público, além de um processo de apuração pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.
O que aconteceu foi o seguinte de acordo com a imprensa:“O Ministério da Educação (MEC) enviou um e-mail para as escolas do país pedindo a leitura de uma carta do ministro e orientando que, logo após, os responsáveis pelas escolas executassem o Hino Nacional e filmassem as crianças durante o ato. A carta é encerrada com as frases "Brasil acima de tudo" e "Deus acima de todos", que foram o slogan da campanha do presidente Jair Bolsonaro nas eleições.
 Ricardo Vélez Rodríguez, reconheceu que errou ao pedir que as escolas filmassem as crianças cantando o Hino Nacional, sem a autorização dos pais. "Eu percebi o erro, tirei essa frase, tirei a parte correspondente a filmar crianças sem a autorização dos pais. Evidentemente, se alguma coisa for publicada, será dentro da lei, com autorização dos pais".
Em uma audiência no Senado, Vélez foi arguido por senadores sobre o conteúdo da carta enviada às escolas e repetiu que se tratou de um erro. “Cantar o Hino Nacional não é constrangimento, não. É amor à pátria”, disse. E acrescentou: “O slogan de campanha foi um erro. Já tirei, reconheci, foi um engano, tirei imediatamente. E quanto à filmagem, só será divulgada com autorização da família”.
A partir dos questionamentos da senadora Eliziane Gama (PPS-MA) sobre a passagem de que a autorização da família não constava do texto original da carta, o Ministro Rodrígues respondeu que constava "como algo implícito dentro da lei”. A senadora, então, contestou: “Estava na sua cabeça. Na carta, não”.
3 – Ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro revoga nomeação de Ilona Szabó para Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária após “repercussão negativa”.....para quem e porquê? 
A Cientista Política Ilona Szabó é mestre em estudos de conflito e paz e especialista em segurança pela Universidade de Uppsala (Suécia) e é especialista em redução da violência e política de drogas. Fundadora do Instituto Igarapé, que se dedica a estudar e a elaborar propostas de políticas públicas para a redução da violência. A referida cientista atuou na ONG Viva Rio e foi uma das coordenadoras da campanha nacional de desarmamento. Certamente essa última referência em seu Curriculum foi o estopim das pressões desses segmentos da direita radical que apoia o Governo Bolsonaro. 
Constrangimento para o super Ministro Sergio Moro que ao ser convidado por Bolsonaro – que queria seguramente surfar na popularidade do então Juiz da Operação Lava Jato -  para ser o titular da pasta da Justiça e Segurança Pública (que juntamente com o Ministro da Economia Paulo Guedes) recebeu carta branca do Presidente para montar sua estrutura  no Ministério. Mas a realidade denuncia que não é bem assim. Moro foi obrigado a “desconvidar”, mediante escusas, a notória cientista gerando desconforto de ambos os lados. Se o Ministro Sergio Moro realmente tivesse coragem, aquela que demonstrou várias vezes quando era o titular da Operação Lava Jato, pediria demissão desse governo pastelão e voltaria (não sei se pode) para a magistratura federal ou para a sala de aula a fim exercer o magistério.
Esses três fatos relativamente sem importância, se comprado com os problemas graves que o Brasil apresenta e que são os maiores e mais complexos desafios desse governo. Mas que são de suma relevância, já que desnuda um governo que está de certa forma atirando nos próprios pés. Nas entrelinhas pode-se ler que esse governo ainda está perdido, sem rumo, sem direção. Por enquanto é bom “apertar os cintos, pois o piloto sumiu”. Piloto esse que, quando tentar pilotar a aeronave chamada Brasil entona mais ainda o caldo.
4 – Considerações Finais.
Parafraseando Milton Friedman que repediu inúmeras vezes “em economia não tem refeição de graça”, ou seja, se tem um Fluxo Circular da Riqueza Real, certamente haverá um Fluxo Monetário, inversamente proporcional. Ignorando o paradoxo: racionalidade econômica versus sensibilidade do mercado. Nesse sentido, se um agente econômico de peso como o governo demonstra insegurança, amadorismo e que não sabe para onde caminha, o mercado e seus diversos segmentos, tais como, Bolsa de valores, Taxa de Cambio, Mercado financeiro, Mercado de Importação e exportação, Taxa de Investimento e o Otimismo do empresariado, sentem imediatamente.
Então o governo tem que atinar que ele é a linha mestra da economia, mesmo numa economia que bebe das fontes do Liberalismo Econômico. Em especial esse governo, que tem como titular da Economia um egresso da Escola de Chicago, berço do Neoliberalismo e como Presidente do banco central o neto do bastião do liberalismo Roberto Campos. As autoridades políticas e econômica constituídas tem o dever de saber que cada gesto, cada avanço, cada recuo e as palavra que proferem, tem um peso e repercute no mercado de forma contundente e imediata.
As crises acimas citadas poderiam ter sido atalhadas e consequentemente evitado o desgaste do próprio governo. O mundo corporativo e todos os agentes econômicos, que juntos geram emprego, renda e riqueza agradeceriam. 




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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

O Que o Mercado Espera do Governo de Jair Bolsonaro? | Prof. Semí Cavalcante de Oliveira

Os Índices de Confiança do Empresariado tem oscilado bastante nesse início de 2019. Os vários setores da economia brasileira tem demonstrado confiança no governo Bolsonaro, contudo, as sucessivas crises, que esse governo tem enfrentado – crises essas geradas no seio do próprio governo – tem minado um pouco a crença de que o País esta no caminho da definitiva superação e recuperação econômica. 
Alguns indicadores econômicos revelam que nada mudou de forma expressiva. A Política Monetária responsável em zelar pelo regime de metas de inflação e a taxa básica de juros (Selic) estão nos patamares herdadas do governo Michel Temer. 
E o governo, através do Banco Central (Bacen) perdeu uma grande oportunidade de sinalizar para o mercado que estava disposto a mudanças, uma vez que, o Conselho de Política Monetária (Copom), órgão do Bacen responsável pela definição da Taxa Básica de Juros da Economia, já realizou uma reunião na era Bolsonaro e manteve sua posição conservadora. 
O mercado esperava a manutenção da taxa básica de juros em 6,5% ao ano, contudo, segmentos significativos do mercado sonhavam com uma redução, mesmo que mínima, da taxa Selic. A Selic é a principal ferramenta do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2018, o indicador fechou em 3,75%, contra 2,95% em 2017. 
Entretanto, o Copom decidiu pela sua manutenção em 6,5 pontos percentuais. O empresário olha com desconfiança, querendo investir, mas, aguardando definições por parte das autoridades econômicas. Nesse sentido, é obrigação do governo apontar um caminho para os investidores, sejam eles, nacionais ou estrangeiros.
No que se refere a Política Cambial, um dos principais pontos do tripé macroeconômicos da economia brasileira. Nesse mote, herdado da lúcida política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso, reina certa paz, uma vez que ele continua flutuante e o Banco Central não dá sinais que vai mudar essa realidade. 
Que continue assim, pois num regime de câmbio flutuante, o câmbio tem que “flutuar” e refletir as certezas e incertezas do mercado, que deve ser soberano. No entanto, o Banco Central tem por obrigação acenar, para esse mesmo mercado, que esta vigilante e que não vai tolerar especulações com a nossa moeda.
O Congresso sabatinou e aprovou, no final de fevereiro de 2019, a nomeação o ultraliberal Roberto Campos Neto para presidir o Banco Central. Se ele possuir um pouco da capacidade e sabedoria do seu avô, o eminente economista Roberto Campos, e, primar pela independência e autonomia dessa instituição, acreditamos que os resultados serão satisfatórios e o mercado vai agradecer.
A Política Fiscal e Tributária requer um debate mais profundo. Que em nossa opinião carece de uma reforma muito mais urgente e necessária que a própria seara previdenciária. Pois a primeira geraria resultados imediatos e a segunda prenuncia uma economia de 1 (hum) trilhão de reais em 10 anos, ou seja, economia de longo prazo. E parafraseando John Mainardes Keynes, “no longo prazo estaremos todos mortos”. 

O mercado reagiria muito bem e seria vital para a retomada do crescimento econômico se o governo demonstrasse agora, no início desse mandato, uma firme e sincera disposição em propor uma reforma nessa área. 


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