segunda-feira, 15 de junho de 2015

A mudança para o papel dos Líderes




A liderança é um dos papéis dos administradores e a pessoa que desempenha o papel de líder influencia o comportamento de um ou mais liderados quando há liderados, que seguem o líder, ou aceitam sua influência, por algum motivo. Se quiser desenvolver suas competências como líder, você deve entender as motivações das pessoas que pretende liderar quando observamos desde os conceitos mais clássicos sobre o papel da liderança orientada para as pessoas e da liderança orientada para a tarefa.


Fonte: MAXIMIANO, Antônio C. A. Introdução à Administração. Edição Compacta. Ed. Compacta. 2ª. ed. revista e atualizada. São Paulo: Atlas, 2011. P. 205-222.

A leitura do Estudo da McKinsey revela que as organizações caminham para a convivência com a inteligência artificial, implicando numa dependência maior do papel de líderes que mudarão e ganharam mais relevância é o que revela o estudo que “desenha o futuro do líder empresarial em um mundo em que a inteligência artificial ganha poderes crescentes, projetando que seu papel será ainda mais importante” [2] e as conclusões apontam que o papel do líder crescerá em vez de diminuir.


O NOVO PAPEL DOS LÍDERES [2]





Observa-se que Peter Drucker já desenhava o importante papel do CEO quando comparado ao resultado da gerência intermediária, porém as tarefas menores serão desempenhadas por máquinas e vejo que os líderes terão o seu papel redesenhado, ampliando e alterando significativamente o desenho tradicional do exercício da liderança.


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Referências:

Revista HSM Management – Edição 108. Disponível em: < http://experience.hsm.com.br/posts/os-lideres-mudam-e-ganham-relevancia>.

 

Os Líderes mudam e ganham Relevância. Disponível em: <

<http://www.escoladoservir.com.br/acervo-digital/artigos/721/os-lideres-mudam-e-ganham-relevancia>.




[1] O estudo de Martin Dewhurst e Paul Willmott diretores do escritório da McKinsey de Londres, Reino Unido.
[2] Adaptado de “Os Líderes mudam e ganham Relevância” publicado na “Escola do Servir”.

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Artigo - COERÊNCIA ENTRE MATURIDADE DE PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO E CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE NAS INDÚSTRIAS BRASILEIRAS


Artigo publicado da professora Lígia de Oliveira Franzosi do Unicuritiba desenvolve comprovação da qualidade quando indústrias buscam a Certificação da Qualidade (ISO) e a utilização do Processo de Desenvolvimento do Produto (PDP) através da correlação entre a maturidade de um PDP industrial e a situação da empresa quanto à Certificação ISO. 

COERÊNCIA ENTRE MATURIDADE DE PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO E CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE NAS INDÚSTRIAS BRASILEIRAS


Visando comprovar sua qualidade no mercado, as indústrias buscam a Certificação da Qualidade. Para implantá-la e mantê-la, buscam conhecer suas exigências. Porém, apesar dessa preparação, algumas empresas não conseguem obtê-la ou a perdem a curto prazo. Há indícios de que elas não possuam maturidade suficiente para obter ou manter essa certificação. Um Processo de Desenvolvimento de Produto (PDP) maduro deve ser definido, gerenciável, passível de medição e controle e integrado. Apesar desses indícios, pouco se encontra sobre a relação da maturidade de um PDP e o processo de certificação. Esse artigo apresenta a correlação entre a maturidade de um PDP industrial e a situação da empresa quanto à Certificação ISO (International Organization for Standardization). Para isso, temas relacionados ao PDP, maturidade de processo e ISO 9001 são revisados. Em seguida, são selecionados três setores industriais, dos quais são identificadas dez empresas a serem pesquisadas: Eletroeletrônicos (duas empresas), Duas Rodas (três empresas) e Alimentos (cinco empresas). O estudo segue as diretrizes de YIN (2005) para estudos de casos múltiplos e apresenta, entre os resultados, o nível de maturidade por empresa e setor, relacionando essa maturidade com a situação das certificações.

Para saber os resultados encontrados e obter maiores informações sobre o assunto apresentado, acesse:  http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0920548914001184

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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Novo critério de classificação socieconômico Brasil 2015

Isaak Soares (*)

Entrou em vigor no começo de 2015, o novo critério de classificação socieconômico de estratos da ABEP (Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa). O Critério Brasil, como é conhecido, é uma ferramenta que permite a divisão da população brasileira em estratos sociais, assim como os modelos montados pelo IBGE e pela FGV. Tal critério se baseia na quantidade de itens de consumo das famílias brasileiras, e também na escolaridade da chefia da família, estabelecendo estratos definidos como A1, A2, B1, B2, C1, C2, D e E. Já o IBGE e a FGV usam os intervalos de renda das famílias, dividindo em 5 “classes sociais”: A, B, C, D e E. O novo critério foi desenvolvido pela ABEP em conjunto com os professores Wagner Kamakura, da Rice University, e José Afonso Mazzon, da USP. Essa estratificação é inovadora em termos mundiais porque considera o impacto de fatores  e da composição familiar na sua concepção. O estudo realizado pelos dois professores foi premiado em 2013 pelos prestigiosos Marketing Science Institute e InternationalJournalofResearch in Marketing. A nova estratificação, dividida em sete estratos socioeconômicos, reconhece que o poder aquisitivo pode mudar mesmo que a renda familiar seja a mesma, dependendo da localização do domicílio e do número de pessoas na família. (http://www5.usp.br/77674/fea-ajuda-a-criar-novo-criterio-brasil-de-classificacao-economica/)

Comparado ao critério anterior, há uma diminuição do número de estratos, passando de 8 para 7, as camadas A1 e A2, formam um só estrato A; e os estratos D e E são analisados em conjunto.


Fonte: Abep (www.abep.org.br)

As mudanças feitas para 2015, passam a considerar dados dos 62 mil domicílios avaliados pela POF (pesquisa de orçamentos familiares do IBGE), incluindo áreas metropolitanas, urbanas e rurais, enquanto o indicador anterior cobria nove regiões metropolitanas (Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Salvador, Recife e Fortaleza). 

A nova atualização altera os itens que compõem o critério. Além da inclusão de acesso a serviços públicos (água encanada e rua pavimentada), na posse de itens deixaram de ter alguns itens, como: televisão em cores, rádio e videocassete. E foram incluídos os bens: microcomputador, lava-louças, micro-ondas, motocicleta e secadora de roupas. Foram mantidos banheiro, empregada doméstica, automóvel, geladeira, freezer, lava roupas e DVD. O peso para a posse de cada item também foi alterado. (http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Paginas/Criterio-Brasil-inicia-2015-com-nova-atualizacao-.aspx)

O critério Brasil, como é conhecido, é uma ferramenta para auxiliar empresas de pesquisa, agências de publicidade, veículos de comunicação e demais empresas em seus processos de segmentar e atuar no mercado de bens de consumo, fornecendo uma forma de classificação do poder de compra das famílias brasileiras. Como professor de Marketing e Pesquisa de Mercado, sempre apresento o referido critério aos alunos para demonstrar sua utilização junto ao marketing. E o que sempre gera muitas dúvidas. Como por exemplo, os alunos calcularem sua pontuação e não acreditarem que estejam participando de determinado estrato, seja para cima ou para baixo. Assim sendo é importante destacar alguns pontos:

Primeiro, Há varias formas de se medir classes sociais, o que irá depender do posicionamento epistemológico do pesquisador, da metodologia utilizada e da própria interpretação do conceito de “classe social”. Assim sendo, pode-se ter compreensões distintas sobre como “dividir” uma sociedade em classes e a quantidade destas. Considera-se também que uma classificação social, sempre será um exercício em cima de uma realidade social, que é mutável e nada exata, o que já torna difícil a tarefa de conceituar, imagine de medir “classes sociais”. Esta amplitude do pensar irá permitir visões e divisões diversas sobre uma estratificação social, mas que não significa a desqualificação de algum dos métodos de análise. Por exemplo, enquanto o IBGE e a FGV consideram 5 classes, o critério da ABEP/2015 possui 7, sendo que até o ano passado eram 8 estratos. Algum deste está errado? Lógico que não. São percepções sobre o mesmo objeto de análise, que as diferenças permitiram uma melhor compreensão da sociedade brasileira, do que disputas entre as técnicas. E depois se comparamos os 3 instrumentos, observa-se que há muito mais semelhanças do que distorções. 

Segundo, o critério Brasil não avalia valores, crenças e comportamentos de pessoas em determinada classe social, mas sim o poder de compra. Classes sociais permitem ver as diferenças de valores e crenças que são compartilhados por indivíduos de uma mesma classe. Pode-se dizer que pessoas que são de camadas superiores de uma sociedade tem um conjunto de identificações que as distinguem de pessoas de camadas mais populares da sociedade. Todavia, são necessários pesquisas e instrumentos de análises para observar mais a miúde tais diferenças. O Critério Brasil não tem como objetivo medir valores e nem crenças em distintas classes. Seu objetivo é medir a hierarquia do poder de compra na sociedade brasileira; para isto considera os bens de consumo e a escolaridade da chefia familiar. Afinal na cultura brasileira, a escolaridade é uma variável de suma importância para o aumento de capital cultura, renda e posições sociais; e o que irá refletir no poder de compra. Isto significa que mais educação, possibilita melhores empregos, o que dão melhores salários, que permite mais poder de compra.

Dizer que se mede poder de compra (e não valores) significa dizer que pessoas em camadas próximas da pirâmide socioeconômica podem ter poder de compra parecido, mas não necessariamente os mesmos valores. Por exemplo: uma diarista pode estar na camada C1 e sua patroa pode estar na camada B2, elas podem ter poder de compra (ou crédito) parecidos para adquirir uma TV de Led, todavia uma pode ter valores de uma camada popular e a outra, valores de uma classe média. E tais valores poderão ser pormenorizadamente percebidos no comportamento de compra de cada uma das consumidoras, do que apenas na posse do bem. Ou seja, é mais fácil medir o poder de compra, que é uma variável mais objetiva, do que as crenças que tem uma natureza mais subjetiva.

Assim, considero mais adequado chamar o critério Brasil como um instrumento para medir estratos socioeconômicos, ao invés de classes sociais. A ideia de classe social, passa não apenas pelo poder de compra, mas também pela quantidade de poderes (social, econômico, político e cultural) que alguém possui na sociedade. O que não é o objetivo do critério Brasil.

Terceiro, o critério não é para dizer que uma pessoa é de Classe A ou C, por exemplo; mas para informar que um indivíduo pesquisado, habita um domicilio que tem um “poder de compra” relativo a um dos estratos socioeconômicos (A, B1, B2, C, D e E). É equivocado fazer uma avaliação individual com um instrumento que possuem a função de uma análise grupal. Assim também, como é errado olhar para alguém e “apontá-lo” com sendo de determinada classe, visto que dito nos parágrafos anteriores, o conceito de classe social é mais amplo e ancorado por valores. O mais correto é dizer que “pela pontuação do critério Brasil, esta pessoa habita um domicilio classificado socioeconomicamente como sendo A, B1, B2, C1, C2, D ou E.  

Quarto, Em um país de 190 milhões de habitantes e tantas distinções sociais, torna-se importante ter um critério de avaliação social, que possa mensurar “todas” as pessoas da população. Obviamente, que sempre haverá exceções e casos particulares. Um exemplo: um executivo e um motoboy, onde os 2 não possuem carro, e o primeiro é dono de uma Harley-Davidson e o segundo, tem uma moto de 150 cilindradas, e os dois acabam tendo a mesma pontuação no quesito moto e nenhuma pontuação no quesito “automóvel”. Sim... isto acontecerá, mas deve-se lembrar que há outros indicadores que mostraram onde os mesmos não estão no mesmo estrato. E mesmo que por alguma eventualidade, o executivo tenha uma pontuação menor do que a sua real vida cotidiana, e ficando num estrato abaixo, por não ter carro e possuir uma Harley; mesmo assim será um caso isolado, uma situação ímpar, o que não inviabiliza o uso do critério Brasil à toda população. Ou seja, torna-se mais robusto usar a ferramenta em análise de grupo, do que para verificação de casos pessoais.  

Quinto, sendo uma ferramenta de segmentação para o mercado de bens de consumo, o critério não é o ponto final do processo de segmentação, mas sim o início dele. Muitos alunos de Administração e Publicidade, até mesmo profissionais desta área, quando realizam processos de segmentação para mercados B2C, necessitam de características demográficas para estabelecer um perfil de segmento. E um parâmetro de renda ou classe social necessita ser encontrado. Todavia o critério Brasil 2015, apresenta 7 camadas socioeconômicas; o que não indica dizer que só há, no máximo, 7 segmentos por renda no país. Pois nesta definição de segmento de mercado, o critério Brasil é usado com um dos elementos para o estabelecimento da estratificação social, visto que outras variáveis podem ser usadas para “lapidar” o segmento estudado, como no caso das variáveis psicográficas (estilo de vida e outras). Além do mais, conhecendo o mercado com base no critério da ABEP, o profissional de marketing pode ainda filtrá-lo mais um pouco, como por exemplo: pessoas de estrato A, com renda familiar mensal acima de R$ 20.000,00. Ou seja, é um risco fechar a análise de um segmento de mercado só com o Critério Brasil, deve-se usá-lo cruzando com outras variáveis de segmentação. 

Assim, quero aqui reforçar a importância do País possuir um critério que permita ver suas diferenças socioeconômicas, e que também se possa perceber as limitações da ferramenta, sem que com isto venha-se a desqualificar as vantagens operacionais no seu uso cotidiano na área mercadológica.  Minha experiência, como professor de marketing, mostra que quanto mais se aprende sobre as diversas formas de considerar “classes sociais”, mais se amplia o volume da discussão. E o critério Brasil é uma técnica que, se não permite medirmos os valores sociais, possibilita em muito vermos seus reflexos por meio da posse de bens de consumo, educação e agora, serviços públicos.

(*) Professor de Marketing do UNICURITIBA   
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