terça-feira, 7 de novembro de 2017

A Luz Do Coaching

Prof. Iron Lemes
Conceitos, resultados, benefícios do processo e minhas conclusões sobre o processo de Coaching.
Muitos me perguntam o que é o Coaching, se é um modismo, se tem fundamento científico, se é uma ferramenta de gestão, de auto ajuda, ou só mais um modelo de ganhar dinheiro.
Respondo: Coaching não é nada disto, porém um pouco disto e daquilo. Confuso? Vamos lá. Coaching é um processo de autoconhecimento, um processo de descoberta interior do ser humano, voltado para a vida pessoal e como resultado também pode beneficiar a vida profissional.
O profissional Coach (aquele que pratica a técnica com pessoas) aplica técnicas e ferramentas que auxiliam o Coachee (aquele que recebe a técnica) a se autoconhecer.  Este autoconhecimento leva o Coachee à um aprendizado sobre si mesmo. Segundo José Roberto Marques, Presidente do Instituto Brasileiro de Coaching,“Você já tem as respostas aí, dentro de você, e só precisa ser positivamente apoiado a fazer as perguntas certas para assim chegar à solução de seus dilemas. Exercitar suas potencialidades, descobrir outras mais, acreditar em si, são passos nesse caminho da evolução humana”, ou seja, o Coach, aplicando técnicas e ferramentas por meio de perguntas pontuais, chamadas de perguntas poderosas, auxilia o Coachee a se descobrir e encontrar sua potencialidades que estão de certa forma hibernando em seu interior, ou até mesmo pouco exploradas. Por meio das sessões de Coaching, o próprio Coachee aprende a se fazer as perguntas reveladoras. Perguntas que o instigam a se aprofundar em sua descoberta interior, e com a devida carga positiva, o leva a construir um futuro melhor e atingir seus objetivos, sejam de vida ou profissionais. 
Portanto, o processo de Coaching, auxilia as pessoas a atingirem seus objetivos, onde ocorre um acordo entre as partes, por meio de metas, sejam elas de curto, médio ou longo prazo, as quais serão perseguidas pelo Coachee, com a orientação de seu Coach. Com o decorrer do tempo, o Coachee percebe que esta evolução vai além das metas, mas também como uma melhoria de sua condição de vida, pois o descobrimento de novas maneiras de se conduzir pela vida, o leva a uma melhoria de qualidade de vida. 
Mas quando surgiu o Coaching? De onde veio? Quem foram seus idealizadores? Não é tão fácil responder estas questões, porém estudos e pesquisas foram feitos e Marcela Buttazzi fez uma lição sobre este assunto que foi citado em uma publicação pelo IBC Instituto Brasileiro de Coaching, “Coaching, um acelerador para o seu sucesso!”, extraído de PERSIA, 2011, onde explicam o seguinte: “Coaching é uma palavra de origem anglo-saxônica que surgiu em 1500, na Inglaterra, para denominar aquele que conduzia uma carruagem. Já em 1850, a palavra ‘Coach’ era utilizada nas universidades da Inglaterra denominando o tutor de uma pessoa (responsável por orientar os universitários com os estudos). Em 1950, o conceito de ‘Coaching’ foi primeiramente introduzido na literatura dos negócios, como sendo uma habilidade para o gerenciamento de pessoas. Dez anos depois, o programa educacional em Nova York introduziu pela 1ª vez as habilidades de Coaching de Vida. Este programa foi transportado para o Canadá e melhorado com a inclusão da resolução de problemas. Na década de 80, os programas de liderança incluíram o conceito de Coaching Executivo e o mundo dos negócios começou a dar importância a esse tema. A partir desta década, o Coaching emerge como uma ferramenta extremamente poderosa. A necessidade de planejamento; de alinhamento estratégico; de exigência crescente de qualidade; de constante preocupação com a otimização dos custos; de reter talentos e de desenvolver lideranças internas são aspectos que as empresas vêm enfrentando nos dias atuais, onde assistimos a um crescente processo de intensificação da cultura do Coaching no ambiente empresarial, com o objetivo de atender, de forma customizada, às necessidades de organizações, executivos, líderes, profissionais e colaboradores de todos os níveis”. 

Notamos por meio desta pesquisa que o processo de Coaching, está em franco desenvolvimento, onde diversas ciências conjugam seus conhecimentos para compor a essência do Coaching. E complementando o IBC, Coaching é um processo de desenvolvimento de competências e habilidades desenvolvidas entre Coach e Coachee para acelerar metas e objetivos em um curto espaço de tempo, onde é utilizado um Mix de diversas ciências como: administração, psicologia, sociologia, filosofia, gestão de pessoas, planejamento estratégico, entre outras. 

Porém muitas pessoas ainda confundem o processo de Coaching com outras praticas profissionais, mas sabemos agora que Coaching não é mentoring; aconselhamento; terapia; treinamento; consultoria e nem ensino. É um processo orientado para o futuro. 

Para deixar claro vamos esclarecer o que fazem estas outras atividades:

Mentoring:é um modelo de desenvolvimento profissional que consiste na tutoria e aconselhamento realizado por uma pessoa mais experiente. Ou seja, o Mentor é uma pessoa com profundo conhecimento e vivência no ambiente que a pessoa está sendo “tutorada”.  Este mentor está orientando esta pessoa para os caminhos já vividos por ele, com o propósito de prepará-lo para assumir esta posição num futuro próximo com a mesma qualidade, mas tem por limitação a exclusividade a área, vivência e expertise do mentor. Não podendo se ausentar desta particularidade vivida pelo mentor, sendo muito específica sua aplicação.

Aconselhamento:é um processo de interação entre duas pessoas, um expert de uma determinada área e um profissional iniciante da mesma área, que tem como objetivo auxiliar as pessoas a fazer a escolha certa no âmbito profissional.
O counselor tem o objetivo de clarificar opções numa altura de crise do profissional, auxiliando-o de forma rápida e pontual, por meio do aconselhamento. Trabalha-se com profissionais que se sentem constrangidos ou insatisfeitos com sua vida profissional. Eles buscam orientações e conselhos.

Porém o imediatismo do counseling não dá ao indivíduo nenhum desenvolvimento dos seus dons, habilidades pessoais, superação de limites autoimpostos ou mesmo a remoção das crenças limitantes que obsgtruem o caminho deste profissional. O Counselor (conselheiro) trabalha para solucionar o problema de um profissional.

Existem dois tipos de Counseling: o aconselhamento da área da carreia, focado nos resultados do profissional; e o aconselhamento emocional, que é liderado por um psicoterapeuta, o que revela mais uma vez a ligação do Counseling com a área da psicologia.

Terapia:É o atendimento realizado por um psicólogo com a finalidade de tratar questões pessoais tais como dificuldades emocionais, comportamentais, cognitivas, etc.

Exemplos de dificuldades emocionais: Crise no casamento, dificuldades em tomar decisões, traumas emocionais, dificuldades em lidar com pessoas, choro fácil, sensibilidades e irritabilidades, dificuldade em namorar, dificuldade em decidir qual carreira seguir, etc.

Exemplos de dificuldades comportamentais: Medo de falar em publico, explosões de raiva, timidez, fobias, compulsão por comida, bebida ou drogas, etc.

Exemplos de dificuldades cognitivas: Pensamentos depressivos ou de morte, sensação de estar sendo perseguido, ansiedade, etc.

O objetivo deste tratamento é auxiliar o paciente a curar-se de males que afetam sua saúde mental e conferir a eles mais qualidade de vida. É oferecido por psicólogos e psicoterapeutas, trabalhando com o cliente que busca alívio de sintomas psicológicos ou físicos. A terapia lida com a saúde mental do cliente, enquanto o Coaching lida com o crescimento mental do cliente, uma visão futura e positiva.

Treinamento:é o processo de transmitir habilidades ou conhecimentos por meio de estudo, experiência ou ensino. Envolve mudança de comportamento em quatro formas: 1- Transmissão de informação; 2- Desenvolvimento de habilidades; 3- Desenvolvimento ou modificação de atitudes e 4- Desenvolvimento de conceitos.

O treinador é um especialista na área que auxilia o desenvolvimento de habilidades específicas para resultados imediatos. Ainda; para Goldstein (1991) Treinamento "é a aquisição sistemática de atitudes, conceitos, conhecimentos, regras ou habilidades que resulta em melhoria de desempenho no trabalho". 
Consultoria:é o ato de oferecer soluções específicas, com o intuito de atender necessidades e objetivos também específicos de determinados clientes. É amplamente utilizado no universo corporativo.

Existem diversas modalidades de consultoria, em regra, a empresa apresenta sua situação ao consultor que fará um diagnóstico e apresentará as melhores formas de resolver problemas ou o aproveitamento de novas oportunidades, por meio da utilização de ferramentas de gestão as quais o consultor deve dominá-las em sua totalidade, dependendo de sua área de atuação.

Alguns exemplos de consultoria: Consultoria Organizacional; Consultoria Empresarial; Consultoria Profissional; Consultoria Pessoal, Consultoria de Imagem, etc.

Consultoria, de uma forma ampla, é o fornecimento de determinada prestação de serviço, em geral por profissional qualificado e conhecedor do tema. O serviço de consultoria oferecido ao cliente, acontece por meio de diagnósticos e processos e tem o propósito de levantar as necessidades do cliente, identificar soluções e recomendar ações. De posse dessas informações, o consultor desenvolve, implanta e viabiliza o projeto de acordo com a necessidade específica de cada cliente.

Ensino: O ensino é a ação e o efeito de ensinar (instruir, doutrinar e amestrar com regras ou preceitos). Trata-se do sistema e do método de instruir, constituído pelo conjunto de conhecimentos, princípios e ideias que se ensinam a alguém.

O ensino implica a interação de três elementos: o professor ou docente; o aluno, estudante ou discente; e o objeto de conhecimento. A tradição enciclopedista supõe que o professor é a fonte do conhecimento e o aluno, um mero receptor ilimitado do mesmo. Sob esta perspectiva, o processo de ensino é a transmissão de conhecimentos do docente para o estudante, através de diversos meios e técnicas.

É uma forma sistemática de transmissão de conhecimento utilizada pelos humanos para instruir e educar seus semelhantes. Pode ser praticado de diferentes formas: Ensino formal, que é o praticado pelas instituições de ensino devidamente formalizadas e tradicionalmente conhecidas por meio do docente (professor); Ensino informal, parte do processo de socialização do homem e ocorre de forma não-intencional e o Ensino não-formal, mais ligado ao processo de consciência política e relações sociais, de maneira intencional.

O ensino transmite conhecimento do professor ao aluno, onde o professor sabe algo que o aluno não sabe, enquanto o Coaching é exatamente o contrário, o cliente é o especialista e é ele quem tem as respostas, e não o Coach.
Conclusão

Nunca antes na história da humanidade, o pensamento, a reflexão e o poder mental estiveram em franca expansão nos estudos do comportamento humano.
Várias ciências abordam o tema de diversas maneiras sob diversos pretextos, porém, no campo do comportamento humano, o Coaching vem ganhando terreno nas pesquisas e aplicações. 

Por meio dos parágrafos anteriores explicou-se o que é o processo de Coaching e suas aplicações. Nota-se que as respostas para as dúvidas pessoais e profissionais, na maioria das vezes estão com o próprio indagador, ou seja, conforme José Roberto Marques, “quanto mais eu me conheço mais eu me curo”, está diretamente ligado ao processo de Coaching. 

Não subestimando as demais ciências e atividades profissionais; como a psicologia, consultoria, treinamento, mentoria, etc... o processo de Coaching torna-se cada dia que passa numa ferramenta de autodescobrimento, simplesmente pela utilização de perguntas poderosas que auxilia o Coachee a encontrar seu caminho, na busca de horizontes a serem percorridos na assertividade. Este apoio do Coach nada mais é que um suporte coerente de orientação comportamental na prática da positividade. Ou seja, o processo de Coaching segue a corrente da positividade, sempre olhando para o futuro. 

Porém o sucesso do processo de Coaching depende 50% do Coach e 50 % do Coachee, como? Pois bem, um Coach sem preparo, não saberá utilizar as ferramentas adequadas para auxiliar o Coachee a responder suas próprias inquietações, e mesmo que utilize as ferramentas adequadas, dependerá do tempo e oportunidade para fazê-lo, podendo retardar o processo de autoconhecimento do Coachee, atrasando seu progresso na busca de soluções aos seus problemas. E os outros 50% são de responsabilidade do Coachee, que tem por responsabilidade se comprometer com as tarefas agendadas pelo Coach, no intuito de melhor compreender e sentir o processo como um estágio de transformação pessoal, sem o qual, corre o risco do processo terminar e o Coachee não saber identificar qual foi seu ganho pelo processo, levando a descrença na ferramenta e no Coach.

Por este motivo, faz-se necessário a capacitação do Coach, dentro das formalidades de ensino, com avaliações e práticas pré Coach, para validar o ganho de conhecimento pelo Coach das ferramentas disponíveis e efetivas ao processo de Coaching. Dentro deste contexto, é extremamente importante que o Coachee, investigue a formação de seu Coach, para não ter decepções futuras. Afinal, em todas as profissões existem aventureiros e oportunistas.

Por: Iron Lemes
        Professor Universitário
        Professional & Self Coach
        

Continue lendo ››

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Desafios da Gestão da Qualidade




Esta semana tivemos a participação, em nosso ciclo de palestras, do Sr. Julio Egocheaga, Quality Sistems Manager da Mondelez Latin America, conglomerado multinacional de confeitos, alimentos e bebidas. Formado há quase 40 anos e atuando no setor alimentício há 26, Egocheaga enriqueceu com sua experiência a apresentação do tema 'Desafios da Gestão da Qualidade'.















Continue lendo ››

terça-feira, 3 de outubro de 2017

O Bambu Chinês

Prof, Samir Bazzi
Depois de plantada a semente do bambu chinês, não se vê nada por aproximadamente 5 anos - exceto um diminuto broto. Todo o crescimento é subterrâneo; uma complexa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra, está sendo construída. Então, ao final do 5º ano, o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros.

O bambu chinês é considerado por alguns especialistas como uma das plantas mais flexíveis que existe no mundo. Essa é considerada uma das suas principais características. E você, por quantas já teve que se dobrar, até onde nunca imaginou conseguir, para manter a sua dignidade, por exemplo? Quantas vezes a flexibilidade e a resiliência te mostraram o caminho a seguir?

Pois é, muitas coisas na nossa vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento e, às vezes, não vê nada por semanas, meses ou anos. Mas, se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5º ano chegará, e com ele virão mudanças que você jamais esperava.

Lembre-se que é preciso muita ousadia para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita profundidade para agarrar-se ao chão. Que você possa ser como o bambu na vida, nas relações profissionais, nos relacionamentos com parceiro e amigos, com a família. Mais que fortes, flexíveis.

Muitas vezes é dessa forma que podemos fazer a diferença. A flexibilidade nos mostra outros ângulos, nos dá outras dimensões. A rigidez nos bloqueia a visão, não permite o movimento leve e natural, nos faz desistir muitas vezes…

Pense nisso...


Continue lendo ››

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Palestra "Desafios da Carreira nos Dias Atuais"




Hoje (19h) temos evento no Curso de Administração com Suzane ZanettiGraduada em Psicologia pela UFPR, Pós-Graduada em RH, Mestre FGV/EBAPE e Certificada em Coaching pelo ICI e Pro-Fit. Suzane é Diretora e Coach na Zanetti Coaching e atual Presidente da ABRH-PR - Associação Brasileira de Recursos Humanos

Com experiência há mais de 26 anos na área de Recursos Humanos, com ênfase em Desenvolvimento de Carreira, Executive Coaching e Treinamento de Competências Comportamentais. 
Continue lendo ››

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Aula Inaugural do Curso de Administração


Na última semana o Curso de Administração realizou sua Aula Inaugural, referente ao segundo semestre, com a presença do Adm. Marcelo Iwersen, membro do Conselho Regional de Administração do Paraná (CRA-PR), abordando a importante área da Gestão de Serviços da Saúde.
Continue lendo ››

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O Santo Graal e a Busca de Soluções dos Problemas Empresariais

A Lenda do Santo Graal (recipiente que supostamente conteve o sangue de Jesus Cristo) foi, e ainda é, um tema instigante e controverso, sob o qual muitos creem em sua existência e outros tantos a reputam como apenas mais uma estória ainda persistente no imaginário das pessoas. Este recipiente tem sido, ao longo dos séculos, procurado e jamais encontrado, resultando até no sacrifício da vida de muitos dos seus perseguidores. 

Prof. Celso Valério Antunes
A despeito se este “cálice” seria ou não lendário ou fictício, podemos aproveitar a mensagem contida nesta alegoria para auxiliar discorrer sobre uma questão que atualmente, potencializado pela crise econômica que estamos enfrentando, tem sido amplamente retomada e buscada pelas organizações: a detecção das reais causas-raízes dos problemas, visando seu enfrentamento e posterior resolução definitiva dos problemas. 

Acerca da resolução de problemas, tanto no âmbito pessoal como no organizacional, para que logre a maximização de resultados, esta deve conter uma sequência mínima e lógica em sua abordagem, de forma a garantir a eficácia das soluções propostas. Normalmente, a solução de problemas organizacionais encerra uma complexidade muito superior àquelas de âmbito pessoal, justamente por envolver várias áreas, processos e, consequentemente, pessoas e egos. Para tanto, a abordagem de solução de problemas empresariais deve estar embasada em uma lógica formal e metodológica, sendo que atualmente dispomos de uma variada gama de metodologias voltadas a esta finalidade, tais como: MASP. PDCA, 8D, A3, etc. 

Contudo, tais metodologias apresentam um caráter “ferramental” e se constituem em um “meio” para o atingimento de seus resultados, e não um fim em si mesmas. Desta forma, não basta apenas ao gestor promover ciclos de palestras e treinamentos empresariais focados em uma ou mais destas metodologias, acreditando que seus profissionais estarão plenamente capacitados ao término destas. Analogamente, seria como um caçador de tesouros possuir todos os dispositivos e artefatos necessários para iniciar a sua busca, sem ter dado ainda nenhum passo “para fora da porta” em busca de seu “Graal”. 

Ao longo de minha carreira como consultor empresarial na área de processos, me deparei constantemente com a necessidade de implantar a resolução de problemas dentro das organizações nas quais estava atuando. Neste sentido, promovemos ciclos de treinamento e palestras, voltados a gestores e colaboradores envolvidos. Realizamos estudos “pilotos” em processos previamente escolhidos e que apresentavam a mais variada gama de problemas. Analisamos criticamente os resultados obtidos, seja ao longo da execução, como ao final dos trabalhos. Atacamos os eventuais problemas remanescentes e, em todas as ocasiões, finalizamos com sucesso estes processos. 

Mas qual não foi a minha surpresa - por vezes - em, depois de algum tempo, visitar novamente a organização e ser surpreendido com a informação de que a empresa deixou de adotar esta ou outra metodologia e que se via mergulhada em sucessivos problemas, sem capacidade aparente de resolução dos mesmos, replicando o insucesso que muitos dos perseguidores do Santo Graal lograram... Questionei quais seriam os aparentes motivos que conduziriam a este fim e, dentre tantos, pude levantar: falta de comprometimento gerencial, falta de capacitação de pessoal (técnica e comportamental), falta de uma visão sistêmica, falta de abordagem por processos, cultura organizacional, gestão de relacionamentos “frágil”, retenção de informações “estratégicas” das áreas visando ocultar dados a fim de preservar a exposição da má gestão, turnover alto, sem a efetiva capacitação dos colaboradores repostos nas funções, etc. 

Mais uma vez, analogamente, seria como um explorador aventureiro que se lançasse à busca do “cálice”, sair sem um planejamento que lhe mostrasse a direção a tomar e sem um dos principais instrumentos, a bússola, que nos mostra a direção, confiando assim apenas em seu “instinto”. De fato, muito do que as organizações consideram como resolução de problemas constitui-se apenas em medidas contingenciais, que não agem na detecção efetiva das causas-raízes – este sim o “Santo Graal” da resolução dos problemas organizacionais. 

O êxito na resolução de problemas baseia-se principalmente em: 

(1) Conhecer a fundo a metodologia aplicada; 
(2) Exercitar exaustivamente sobre problemas reais e, de preferência, com maior relevância, urgência e grau de complexidade; 
(3) ter efetivo apoio gerencial; 
(4) Ser inserido no gerenciamento da rotina das pessoas e, principalmente, 
(5) Ser estabelecido na cultura organizacional por meio de ações estratégicas. 

Desta forma, é possível perceber que o principal ponto focal para a resolução de problemas reside nos profissionais envolvidos na resolução de problemas, pois esta prescinde principalmente de uma mudança de crenças e valores dos gestores, bem como uma consequente “transmissão” destas crenças e valores a seus colaboradores, considerando todas as possibilidades e disponibilidades. 

O santo Graal é, até os dias de hoje, uma lenda (pelo menos até, quem sabe um dia, ser encontrado). Porém a resolução efetiva dos problemas pela detecção das reais causas-raízes, não o é, bastando para tal aliar as estratégias com: metodologia correta, conhecimento técnico, forte apoio gerencial e, principalmente, crença e vontade! 


Prof. Celso Valério Antunes Professor do Curso de Administração do Unicuritiba e Consultor na 3S Consultoria Empresarial.
Continue lendo ››

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Um segredo nunca revelado sobre a gestão de projetos.

Confesso que sempre fui muito empolgado com a minha profissão (profissional de finanças e de projetos), sacerdócio (professor universitário) e diversão (palestrante), principalmente após o encerramento de um excelente semestre, onde é possível visualizar os resultados surpreendentes dos trabalhos realizados pelos alunos das minhas disciplinas de Estudos de Viabilidade em Administração, Práticas e Elaboração de Projetos e Jogo de Empresas (que também pode ser considerada um tipo de projeto, dada a complexidade exigida para o processo decisório)
Mas preciso ser franco, porque, de certa forma, estou mais do que um pouco incomodado…
Existe por aí um monte de informações erradas sobre o gerenciamento de projetos. Eu sei perfeitamente disso porque ultimamente tenho questionado muitas pessoas sobre o que elas entendem sobre projetos, e o que recebi como resposta de mais de um par de dezenas de pessoas foram respostas muito rasas e superficiais, de pessoas que realmente acham que entendem o que é um projeto. E o pior, quando eu tentei “apertar um pouco mais o parafuso” me senti pior do que um menino que recebe uma bronca do pai!
Mas depois disso, um pensamento e um desejo afloram constantemente: eu gostaria de encontrar uma fórmula que funcionasse para todos, e aplicar essa fórmula mais e mais vezes. Acho que se eu encontrar essa fórmula, e aplicá-la nos processos de gerenciamento de projetos, poderíamos consolidar com mais frequência os entendimentos acerca dessa área do conhecimento tão complexa e muito negligenciada pelos pseudo intelectuais de plantão.
Mas não é isso que me foi ensinado, seja nos bancos da escola ou na escola da vida profissional. E é exatamente essa parte que me deixa louco, pois quando eu questionei essas pessoas sobre o real entendimento acerca dos processos de gerenciamento de projetos e das técnicas e ferramentas utilizadas para tal, quase sempre escutei a mesma resposta, como se fosse o refrão dessas músicas chiclete que temos hoje: “Todas as habilidades de gerenciamento de projeto sempre são baseadas no Guru X ou no Guru Y, e eu nunca serei tão bom ele”.
Mas é claro que você, e nem mesmo eu (e nem quero isso), seremos iguais aos “Guru X” ou “Guru Y”. Eu tenho um nome real – Samir Bazzi –, e não preciso colocar um ® na frente do meu nome para me proteger dos culpados.
Muitas pessoas estão correndo ao redor do nada, e estão tentando fazer tudo isso parecer muito mais difícil do que realmente é. Até entendo que o gerenciamento de um projeto não é tão simples assim, mas existem várias razões para isso, mas a linha de fundo disso tudo, pelo menos para mim, é que a grande maioria das pessoas tem todo o interesse em fazer o gerenciamento de projetos se tornar algo muito difícil, quase que inacessível aos simples mortais.
Voltando na questão dos “Gurus”, que são mistificados por aí. Se você estudou um pouco da teoria do gerenciamento de projetos, você deve ter se deparado com os escritos de alguns desses “místicos”, que são os caras que fazem o seu melhor para criar a falsa impressão de que você precisa ter inúmeras habilidades (às vezes até parecem magia negra), para entregar projetos bem-sucedidos. Eles querem que você acredite que eles são os alquimistas modernos, e que somente eles são capazes de transformar chumbo em ouro.
Porque ao invés de ficar dando ouvido a esses caras você não procura aprender a usar o bom processo de gerenciamento de projetos. Fácil não é, mas basta que você, literalmente, pare tudo, pense, sente-se com calma, trace uma rota e passe a usar as etapas sugeridas por uma metodologia séria para orientá-lo através do sucesso. Não entenda como uma frase fajuta de autoajuda, mas você pode literalmente transformar as palavras em sucesso.
Mas nessa hora surge uma mentira deslavada, e que você acredita piamente: “você tem que ser um super-humano para obter grandes resultados e continuamente entregar projetos bem-sucedidos”.
M E N T I R A !
Você não precisa ser um guru, um místico, um alquimista, ou qualquer outra dessas baboseiras todas. Você não precisa fazer uma viagem ao topo de uma montanha distante e adorar os deuses de gerenciamento de projetos arcanos. Isso é um truque de mágica boba, criada por esses gurus místicos do gerenciamento de projetos.

Eu sei que pode até soar como mágica o que vou dizer agora, mas não me entenda errado: você pode perfeitamente se dedicar um pouco, estudar um pouco mais, aplicar os processos aprendidos, usar algumas ferramentas específicas de gerenciamento, quebrar algumas pedras de moinho com um certo esforço (quem conhece uma pedra de moinho entende perfeitamente o que eu estou tentando falar, e se você não conhece, pesquise um pouco sobre isso), e pronto, a mágica está pronta, e o seu projeto sai do papel.
Mas será que isso é realmente mágica? Pode soar como mágica, mas quando você puder consolidar todo o seu conhecimento, aplicar as ferramentas adequadas, o projeto surge quase que pronto na sua frente!
Para alguns isso pode perfeitamente soar como como mágica, e é isso que aqueles gurus-místico adoram que você acredite, que ele é um mágico (e, é claro, que eles são os únicos que conhecem a magia). Mas a realidade é que o gerenciamento de projetos é apenas uma habilidade – e você só precisa aprender como fazê-lo, e depois aplicá-lo corretamente.
Se eu posso fazer isso, com certeza você também pode!
Hoje eu conheço um pouco desse universo, no entanto, nem sempre foi assim. E é por isso que eu sei que esta é uma habilidade que você pode vir a dominar no futuro. Sei disso porque acerca de 15 anos atrás, eu nunca tinha ouvido falar de gerenciamento de projetos. Mas quando ouvi isso pela primeira vez parece que uma luz se acendeu na minha cabeça, e me apaixonei por isso imediatamente. E na mesma hora me impus a tarefa de aprender o máximo do que estaria ao meu alcance sobre o gerenciamento de projetos e dos processos necessários para garantir o sucesso nessa profissão.
Eu não digo isso tudo para que me gabar, muito pelo contrário. A principal razão de eu dizer isso é porque eu quero que você, assim como eu, se apaixone por essa área, e quebre alguns paradigmas idiotas. E que, quando alguém chegar ao seu lado e começar a falar algumas “asneiras” sobre o gerenciamento de projetos, você seja capaz de conseguir argumentar.

Espero que algum dia você realmente entenda tudo o que estou falando aqui.
Continue lendo ››

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Visita Técnica na Contabilizei Contabilidade


Realmente foi uma excelente noite de aprendizado.

Ontem (24/05) os acadêmicos do Curso de Administração do 1° período realizaram visita técnica acompanhados pelo professor Sérgio Itamar a empresa Contabilizei Contabilidade Online com a participação do Sr. Vitor Torres, CEO & Fundador da empresa. Foram discutidos temas sobre empreendedorismo e inovação, entre muitos outros. 
Continue lendo ››

Visita Técnica no Shopping Pátio Batel

No dia 23/5 os alunos do 6° período de Administração, disciplina de Pesquisa de Mercado e Comportamento do Consumidor realizaram sob a orientação do Prof. Isaak Soares, visita técnica no Shopping Pátio Batel com o objetivo de conhecer seu funcionamento partir da perspectiva mercadológica e permitir que os alunos pudessem ver aspectos do shopping que sustentam o posicionamento do mesmo perante o mercado, como: mix de lojas, projeto arquitetônico, serviços, diferenciais, além de ter uma visão do cotidiano do shopping, não pela visão de "consumidor" mas "como de um "analista de marketing".


Os alunos foram recebidos pela área de concierge do shopping e puderam assistir uma palestra sobre a proposta de valor no empreendimento, os pilares de sustentação do conceito do Pátio Batel, os diferenciais, a atuação no mercado, os serviços, a relação com o cliente e outros elementos mercadológicos. Na sequência foi feita uma visita em áreas internas do shopping, onde puderam ter acesso a processos que fazem parte da estrutura do shopping, mas que não estão a percepção do cliente. 




Continue lendo ››

Pesquisa de Mercado

No dia 20/05, os alunos do 6° período, na disciplina de Pesquisa de Mercado e Comportamento do Consumidor, sob orientação do prof. Isaak Soares, fizeram um trabalho de coleta de dados para pesquisa quantitativa, na feira do Alto da Glória.  

O objetivo final da pesquisa é de compreender o perfil do usuários da feira, entendendo os motivos da vinda, quanto tempo já frequenta, com quem vem, o valor gasto em cada visita e a percepção que tem acerca do local. Academicamente, o objetivo era permitir que os alunos tivessem uma experiência de pesquisa real, saindo do ambiente virtual, entrevistando pessoas no cotidiano e sentido o que é desenvolver uma atividade de pesquisa in loco. 

"Além disto, era a primeira vez que os alunos iam aquela feira, e como não a conheciam, foi solicitando, que antes de começar a coleta, que eles usassem o 'método de observação participante', ou seja, a partir de um check list, eles observassem elementos da feira e do frequentadores. Isto permite que os alunos vejam a ferramenta de pesquisa, não apenas pela técnica convencional do 'questionário', mas também que possam descobrir elementos mercadológicos, a partir do processo de inserção dentro das realidades estudadas", informou o prof. Isaak Soares, responsável pela visita técnica. 


A feira livre do Alto da Glória é uma das maiores e mais
tradicionais da cidade, com mais de 40 anos de funcionamento.





Continue lendo ››

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Palestra no CRA-PR

CONVITE PARA PALESTRA NO CRA-PR


Continue lendo ››

terça-feira, 23 de maio de 2017

Por onde anda: João Tosin e João Betenheuser

"Por onde anda?" é um espaço criado em nosso blog destinado aos egressos do Curso de Administração do Unicuritiba com o objetivo de compartilhar suas experiências, aventuras e desafios no mundo da administração e dos negócios. 




E aí, João Augusto Betenheuser e João Henrique Tosin, por onde andam?

Tosin: "No final de 2012, após duas tentativas fracassadas de empreender, comecei a trabalhar com comercialização de lojas de shopping centers. Era um mercado difícil, lidávamos com empreendedores, investidores e proprietários de lojas dos mais diversos tipos, e como intermediários tive que aprender a manter os ânimos sob controle, a administrar o meu tempo e também os meus recursos, que na época eram escassos."

Betenheuser: "Somos amigos de infância e nos reencontramos no Unicuritiba como colegas de sala. Comecei em 2014 a trabalhar com o Tosin, na mesma área de shopping centers, e nessa época decidimos diversificar e colocar em prática um pouco do que estávamos aprendendo em sala de aula, conquistamos nosso primeiro cliente de consultoria em administração e finanças!"

 João Tosin e João Betenheuser.

Tosin: "Nosso primeiro cliente de consultoria tinha problemas sérios de organização financeira, e destinava todo o seu lucro do mês para pagar dívidas do cheque especial, que usava como capital de giro. Ao longo do tempo fomos descobrindo oportunidades de melhorar a gestão dessa empresa, o que nos trouxe novos clientes e com isso a saída do mercado de shopping centers e a consolidação de nossa carteira em consultoria financeira e orçamentária."

Betenheuser: "Como fazíamos a maior parte da gestão financeira de nossos clientes, começamos a identificar processos que poderiam ser otimizados, e com isso começamos a modelar o negócio que se tornaria nosso principal serviço: a gestão financeira terceirizada."

Tosin: "Logo o negócio tomou porte, nossos clientes indicaram outros, nosso comercial se estabeleceu e recebemos, no final de 2016, um sócio-investidor que acreditou em nosso negócio e trouxe fôlego para uma expansão. Nessa época consolidamos nossa marca e passamos a nos denominar Celero."

www.celero.com.br
Betenheuser: "Aumentamos nossa equipe, nossa estrutura física e fomos, aos poucos, profissionalizando nossa gestão. Hoje atendemos empresas de diversos setores e tamanhos, empregamos mais de 10 colaboradores e trabalhamos de maneira específica nos processos da terceirização financeira."

Tosin: "Criamos dentro da empresa um departamento de tecnologia, para otimizar os processos manuais e permitir maior escalabilidade para a Celero Finanças. Temos também um departamento exclusivo para marketing e outro só para atividades comerciais. Nosso cenário futuro é otimista e planejamos mais uma grande expansão ainda em 2017, para aumentar nossa carteira de clientes e tornar nosso serviço acessível para ainda mais empresas.”
Continue lendo ››

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Semana Acadêmica de Administração 2017/1

Fotos do primeiro e segundo dia da Semana Acadêmica de Administração, com participação do professor Samir Bazzi com a palestra "A vida é uma viagem" e dos especialistas da Votorantin, Grasieli Daru e Paulo Santos, dialogando com os acadêmicos sobre Gestão. 






Continue lendo ››

quinta-feira, 11 de maio de 2017

A carne é fraca.

Na sexta-feira, 17 de março de 2017, a Polícia Federal deflagrou a Operação Carne Fraca, que anunciou como a maior da história da corporação. A Operação Carne Fraca revelou vínculos criminosos entre empresários do agronegócio e fiscais agropecuários federais, que recebiam propinas para emitir certificados sanitários sem fiscalização. Os fiscais fechavam os olhos para a falta de higiene dos estabelecimentos, para produtos com prazos de validade vencidos, para carne estragada e até para a presença da bactéria Salmonella em alguns produtos.

Prof. Edson Mantovan.
A preocupação das empresas do setor e do  Ministério da Agricultura está nos sérios danos causados à imagem das companhias brasileiras do setor alimentício. Diversos países importadores anunciaram o bloqueio de carne brasileira em seus territórios, afetando as exportações nesse segmento importante de nossa economia. Caso esses embargos persistam, empresas do ramo serão fechadas e milhares de funcionários serão demitidos. 

Em função disso, a Policia Federal está sendo culpabilizada pelos órgãos governamentais. As perguntas que faço são simples. Quem é o culpado? Quem pagará a conta?

Quem pagará a conta é mais fácil de responder: os produtores de carnes, pois com a diminuição da procura o preço tende a cair; os funcionários das empresas envolvidas, pois podem ficar sem seus empregos; a população que porventura tenha consumido carne estragada, pois pode pagar com a saúde, um valor bem mais alto que o dinheiro.

Tentemos agora esclarecer de quem é a culpa. As empresas envolvidas vão culpar fornecedores e funcionários; segundo o Governo, a Policia Federal é culpada, pois generalizou na divulgação do problema, afetando as exportações; e segundo os fiscais, o sistema os forçou a se corromperem.

Em minha opinião, o verdadeiro culpado da Operação Carne Fraca é a fraqueza da Carne Humana, é o caráter do ser humano, que acha normal a busca do lucro a qualquer preço, olhando apenas para seu umbigo e não observando que essa prática afeta o consumidor final e a reputação do País.


A pessoa que come carne estragada pode ser infectada por bactérias perigosas, que podem levar à morte. Sempre que um empresário tiver que decidir entre adulterar a indicação do prazo de validade ou assumir o prejuízo, deve-se perguntar quanto vale uma vida? Essa pergunta deve fazer parte dos indicadores de decisão, pois para evitar um pequeno prejuízo pode-se gerar um prejuízo muito maior para indivíduos e para a sociedade em geral.

Deus diz que devemos amar o próximo como a nós mesmos; portanto, todo empresário que acha que o próximo pode comer carne adulterada sirva antes o produto a si mesmo e a sua família.

Prof. Edson Mantovan, graduado em Engenharia Industrial Elétrica, Especialização em Matemática  e Mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina. 
Continue lendo ››