segunda-feira, 13 de agosto de 2018

A Economia como a Ciência do Governante, Estadista e do Administrador.

As Ciências Econômicas municia o Governante e o Estadista a tomar decisões que influenciam a vida de milhões de pessoas. É a partir de cenários e projeções econômicas que os políticos avaliam, ou deveriam avaliar, se suas decisões podem promover a estabilidade geral da economia de seu país, se o crescimento econômico pode gerar desenvolvimento ou se tais medidas vão impactar na geração de emprego e renda para a população.
Essa análise pode ser levada também para o mundo corporativo. Na firma o Administrador deve ter, da mesma forma que o Estadista, o conhecimento na área econômica e seguramente uma equipe de economistas para suportar suas decisões.
Quando observamos a história econômica de um país e seu desenvolvimento é razoável analisar os principais bens e serviços produzidos e oferecidos nessa região, e o que levou à sua produção, como ocorreram seus ciclos e assim tomar as melhores decisões para investir no presente e futuro.
No Brasil, um número significativo dos cursos de administração oferta a seus discentes disciplinas relacionada à Formação Econômica do Brasil e Economia Brasileira. Quando se deparam com elas esses estudantes interrogam o que o estudo de toda essa teoria econômica e histórica pode agregar em sua formação como administrador.
Pode-se afirmar que através da história é que podemos entender o atual momento econômico de uma nação. E é imperativo afirmar também que todas as firmas são afetadas pelas políticas macroeconômicas implantadas pelas autoridades econômicas. O. Nesse sentido, são impactadas pela economia geral do país. Assim sendo, é de fundamental importância que os administradores adquiram conhecimento sobre o momento econômico e sua história.
O conhecimento de Política Monetária, Cambial e Fiscal são tópicos essenciais para a sobrevivência de uma corporação, além de, políticas anti-inflacionárias,  os principais produtos de exportação e importação, que tem a ver com Balança Comerciale consequentemente com Balanço de Pagamentos, os principais setores em que o país cresceu e se esse crescimento gerou desenvolvimento, que pode abrir um novo nicho de mercado e consequentemente uma expansão das atividades da empresa.
A taxa de câmbio é, de acordo com a teoria econômica, o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades ou frações da moeda nacional. No Brasil hoje, essa taxa é definida pelo mercado e apenas acompanhada e divulgada pelo Banco Central, mas em outros momentos da nossa história econômica, essa taxa foi definida pelo governo, como por exemplo, durante a implantação do Plano Real ( 1993/4 até 1999), também é significativo citar o período da Era  Vargas ( 1930 – 1945). 
Para os administradores de empresas é muito importante saber o valor da taxa de cambio. Primeiramente as empresas que atuam na área de exportação/importação, pois, a taxa pode fazer com que os seus produtos fiquem mais caros ou mais baratos para os compradores externos e internos, podendo então ter como consequência o aumento ou diminuição da demanda. Evidente que isso também depende de outras variáveis, tais como, da elasticidade da demanda do produto, outro conceito econômico. 
A taxa não é importante apenas para as empresas exportadoras, que vendem seus produtos em outros países. O cambio também é fundamental para as firmas importadoras, pois, dependendo dos preços de importação o mercado interno pode sofrer variações significativas e afetar as taxas de inflação. 
Nesse contexto, Inflação pode ser definida como o aumento contínuo e generalizada no nível geral de preços, o que significa que o valor real da moeda é depreciado. Assim sendo, muitas das decisões tomadas pelas autoridades econômicas para manter a estabilidade dos preços, e essas medidas podem variar de governo para governo e que certamente vão impactar em diversos fatores produtivos. 
Nesse sentido, o administrador deve ficar precavido às mudanças inflacionárias e as medidas que estão sendo tomadas pelas autoridades constituídas para conter a pressão inflacionária, assim como a todas as decisões na área econômica, com o intuído de definir suas políticas internas, tais como, estoque, política salarial, a política creditícia aos clientes e aos fornecedores e a todo o fluxo normal de uma corporação.

Prof. Semí Cavalcante de Oliveira                    
Continue lendo ››

Qual o Preço da Felicidade?


O conceito de felicidade relaciona-se à ideia de bem-estar. As pessoas buscam, constantemente, atingir um estado no qual sintam prazer de estarem vivas. Do ponto de vista econômico, a felicidade está relacionada à posse de bens materiais. De acordo com essa perspectiva, o indivíduo irá se sentir mais feliz à medida que lhe for facultada a possibilidade de ampliar suas alternativas de consumo. Não por acaso, o pensamento econômico tradicional entende que o objetivo de maximização da renda está associado ao aumento do consumo. Por sua vez, o incremento no consumo leva a um maior bem-estar e, consequentemente, à sensação de felicidade. (César Nazareno Caselani FGV-EAESP)

De acordo com o referido Professor Caselani: “A felicidade costuma ser assunto de interesse dos chamados “profissionais da alma”: psicólogos, sociólogos e antropólogos. Recentemente, porém, os economistas também se interessaram pelo tema. Consumo, trabalho, lazer, ecologia e remuneração passaram a ser tópicos utilizados pelos economistas para explicar a felicidade e analisar os custos que sua busca acarreta para os indivíduos e a sociedade”. Nesse sentido, diversas pesquisas estão sendo realizadas,  por conceituadas Universidades e seus respectivos Departamentos de Ciências Econômicas, no intuito de medir “financeiramente” o preço da felicidade”. 
A revista científica “PNAS” publicou uma recente pesquisa realizada por economistas americanos, com 450 mil pessoas residentes nos Estados Unidos, revelando que “Para ser feliz, o importante não é ser rico, mas, isso sim, não ser pobre.” 
A pesquisa evidenciou que a partir de um ganho médio mensal com o qual os entrevistados disseram se sentir “não pobres”: R$ 11,3 mil. Esse valor passou a ser então o limite de “corte” na pesquisa. Nesse sentido, R$ 11,3 mil por mês é o ponto a partir do qual mais dinheiro não significa necessariamente mais felicidade. Além desse “corte”, a riqueza nada mais acrescenta de felicidade.
Outros fatores, estritamente pessoais, tais como solidão, obesidade, ou, apresentar problemas crônicos de saúde não interverem no sentimento de felicidade segundo a pesquisa. O fator que lidera como uma necessidade básica para que sentimento de felicidade se manifeste para os entrevistados, desde que se ganhem os R$ 11,3 mil, é ser religioso e possuir plano de saúde, superando inclusive a felicidade de ter filhos.
Contudo, varias outras pesquisas, que também merecem credibilidade, atestam que nos Estados Unidos para ser feliz, uma  pessoa necessita perceber mensalmente a quantia de 95 mil dólares, em reais, aproximadamente 25 mil Reais por mês. Essas mesmas pesquisas aponta que na América Latina um salário de aproximadamente 10 mil reais mensais, basta para gerar um sentimento de felicidade. Pois com essa quantia, a pessoa pode satisfazer suas necessidades básicas, incluindo, lazer.
Ao ler e analisar tais pesquisas diversos questionamentos nos incomodam. A felicidade então tem um Preço? O Ter e mais importante que o Ser? As realizações pessoais não interferem nesse quadro de felicidade? Quando estudamos e buscamos aperfeiçoamento constante, visamos apenas a promoção na firma onde trabalhamos e consequentemente mais salário? A felicidade esta intrinsicamente ligada a bens materiais? Essas indagações e muitas outras refletem não um descrédito em relação às pesquisas que certamente utilizaram métodos científicos, mas um sentimento de impotência e no0s mostra um grande paradoxo, pois, ainda segundo Caselani: “Embora o comportamento humano muitas vezes pareça buscar a realização pelo consumo, não é preciso uma análise sofisticada para concluir que não existe relação direta entre consumo exacerbado e felicidade. Quando as pessoas trabalham mais para consumir mais e atingir a felicidade, acabam por se tornar infelizes por não dispor de tempo suficiente para o lazer”.
Mas a pergunta que nunca cala...você é feliz? Ou um dia vai se considerar feliz?


Prof. Semí Cavalcante de Oliveira


Continue lendo ››