quinta-feira, 4 de maio de 2017

Cultivando a ousadia.

Desde o início dos tempos, nesta nossa aventura no planeta que convencionamos chamar de Terra, nós, os seres humanos, mostramos uma colossal habilidade para ultrapassar obstáculos e vencer desafios. Muito mais do que uma simples característica ou mera resposta ao ambiente, nossa espécie possui uma fascinante qualidade: a característica de cultivar a ousadia.

Prof. Sérgio Itamar.
A ousadia está, de certa forma, enraizada em nosso código genético, somando-se ao desejo pelo desconhecido e pela aptidão para o risco. A imaginação, a coragem e o desejo fizeram e ainda nos fazem companhia em nossa história, quer seja por meio de visões, como as de Júlio Verne e seu “Gun Club”, quer seja em realizações como as de Neil Armstrong. Inspirados pela imaginação e pela criatividade, ousamos realizar - esta é nossa essência, este é o nosso legado.

Assim como a ousadia se mostrou um dos pilares para que o homem superasse as adversidades a ele apresentadas diariamente pelo ambiente e, assim, consequentemente, pudesse evoluir, hoje ela se mostra uma das principais características empresariais das corporações que buscam superar seus desafios e atingir novos objetivos. Este fato se materializa em percepções, hoje amplamente discutidas em fóruns empresariais com temas relacionados à gestão estratégica de riscos, inovação e oportunidades.
Para inovar e estar apto a aproveitar as oportunidades, as empresas de todos os portes, precisam necessariamente estar dispostas a enfrentar alguns riscos. As oportunidades possuem perfis tênues que são visíveis somente por olhos preparados para percebê-los, porém são completamente invisíveis para olhares desprovidos de ousadia, assim no complexo e competitivo contexto moderno de mercado, cada vez mais dinâmico e agressivo, é preciso ser capaz de agir com rapidez e precisão, empreender com eficácia e buscar resultados concretos, sem descuidar em nenhum momento da prévia identificação, quantificação e elaboração da mais adequada resposta aos riscos. Além disso, é altamente necessária e recomendável a identificação das oportunidades, por meio de uma metodologia personalizada e integrada.
Prevenir os possíveis eventos capazes, direta ou indiretamente, de constituir uma ameaça (ou prejuízo) a algum objetivo já é uma realidade em boa parte das empresas mais preocupadas com a previsibilidade e controle de suas vulnerabilidades e pontos críticos. No entanto, ainda é muito frágil a iniciativa de se criar mecanismos de incentivo a busca das oportunidades que se escondem entre os riscos. É cada vez mais essencial para as organizações que almejam a excelência em suas atividades o cultivo de um verdadeiro “ecossistema de ideias” dentro da empresa, um ambiente multidisciplinar, voltado à geração de oportunidades e de novas possibilidades.

Ousar é a tendência, focar na realização de ideias inovadoras, estudando seus riscos com uma visão atenta à gestão de oportunidades. Este é o meu conselho para as empresas que buscam o compromisso de crescimento e de diferenciação. Mas, é importante não esquecer, que a ousadia aplicada sem a aquisição planejada e criteriosa de amplo conhecimento é extremamente perigosa, mas obter este conhecimento e não ousar é, com certeza, sempre um grande desperdício.
As empresas mais valorizadas e respeitadas de hoje não são as empresas que se escondem ou evitam os riscos. Ao contrário, a vanguarda está diretamente vinculada às empresas que melhor convivem com os riscos e que conseguem retirar deles as oportunidades que outras empresas mal perceberam. 
O sucesso está na busca metódica, não passiva das oportunidades. Ouse.

Prof. Sérgio Itamar, Especialista em Gestão, MBA em Estratégia, Mestre em Administração e Mestre em Direito.

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